05 de agosto, de 2007 | 00:00

Timóteo perde Juquita

José Moraes Quintão ajudou a construir a história do município

Álbum de família


Sentados: José Moraes Quintão e Deusmira. De pé, da esquerda para direita: Janir, Darcilo, Darilton, David, Janeiva, Jane, Darli, Danilo e Jacira
TIMÓTEO – Será enterrado hoje, às 10h, no cemitério Jardim da Saudade, bairro Santa Maria, em Timóteo, José Moraes Quintão (Juquita), um dos pioneiros da cidade, vítima de doença cardiorrespiratória. A primeira complicação ocorreu em novembro de 2005, após um AVC. Debilitado, o pioneiro ficou internado até março de 2006, quando o quadro clínico apresentou novas complicações e um outro AVC o deixou ainda mais fraco.Um dos últimos momentos ao lado de familiares foi há duas sextas-feiras, quando ele e Deusmira Araújo Quintão, 80, completaram 63 anos de casados. Ontem, na Câmara Municipal de Timóteo, o corpo de Juquita foi velado e recebeu o último adeus de parentes, amigos e admiradores.Segundo familiares, a história de Juquita foi marcada por muita luta e vontade de galgar degraus mais elevados. Em 1944, exatos 20 anos antes da emancipação de Timóteo, trocou a cidade de Marliéria pelo então distrito de Coronel Fabriciano. Após o casamento, ele e a esposa resolveram vir para Timóteo, onde compraram um terreno que pertencia ao Estado e começaram a fincar raiz na região. A área, conhecida antigamente como a Baixada do Juquita, compreendia desde a Igreja Católica, no Centro Sul, até o bairro Timirim.Com o processo de emancipação da cidade, concluído em 1964, Juquita doou o terreno ao município e, onde antes existia uma lagoa, houve o aterramento antes de ser edificado o atual prédio do Executivo timotense. Após a doação, Juquita passou a mexer com transporte de carga e ainda vendia gado e leite.De acordo com o jornalista Thiago Borges Quintão, neto do senhor Juquita, nos últimos dias de vida o pioneiro estava bastante debilitado, mas apresentava sinais de lucidez. “Na festa de 63 anos de casado, ele conversava com todos. Lembramos ainda que enquanto estava em condições de se locomover, acordava por volta das 5h e ia para o Alto do Timirim, todos os dias pela manhã, tirar o leite das vacas. É uma história de luta, amor pela vida e muita dedicação aos filhos e netos”, conta o jornalista. José Moraes Quintão, o Juquita, nasceu no dia 5 de abril de 1912, tinha 95 anos, nove filhos e 22 netos.
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