03 de agosto, de 2007 | 00:00

Mandado aprofunda investigações

Polícia Civil vistoria farmácia de manipulação no Centro de Ipatinga

Wôlmer Ezequiel


Vistoria não encontrou irregularidades e farmácia continua com funcionamento normal
IPATINGA - Na tarde de ontem, a equipe da Vigilância Sanitária acompanhou policiais civis em uma batida na farmácia Central Farma, localizada no Centro. A ação teve o objetivo de apurar irregularidades no estabelecimento, que está sob investigação de inquérito policial, pela suposta comercialização de medicamentos manipulados sem receita médica. Segundo o delegado João Xingó, a blitz não constatou nenhuma contravenção. “Fomos até a farmácia com um mandado de busca e apreensão, dando continuidade às investigações do inquérito em curso”, explicou o delegado.   Durante a inspeção, a polícia fez a pesagem de todas as substâncias utilizadas na manipulação de remédios controlados e conferiu os recibos expedidos pelo estabelecimento. Conforme Barôncio Paulo de Oliveira Cabral, gerente da Vigilância Sanitária de Ipatinga, a polícia pediu o suporte técnico de sua equipe durante os trabalhos. A Central Farma foi uma das três farmácias vistoriadas pela Vigilância Sanitária desde a confirmação de que a Farmácia Extratum, do Bom Jardim, foi a responsável pela venda dos medicamentos para emagrecer que culminaram na morte de duas mulheres em Contagem, ocorridas em maio. Desde então, o trabalho de inspeção na cidade foi intensificado. As principais irregularidades encontradas na farmácia do Bom Jardim foram a manipulação sem receita de medicamentos para perda de peso, produção em série, comercialização interestadual e até para fora do país. Apenas a fabricação das drogas era feita na farmácia, enquanto as vendas eram realizadas no mercado negro. Conforme Barôncio, as fórmulas emagrecedoras manipuladas contêm uma associação de medicamentos não permitidos pela Portaria 344/98, como antidepressivo, anorexígeno e diurético. A intensificação do trabalho de vistoria vai além de uma inspeção sanitária e tem a finalidade de proteger o material encontrado, que é objeto para investigação.A Gerência Regional de Saúde, junto com a Secretaria Municipal de Saúde, havia inspecionado a Central Farma e determinado o seu fechamento parcial no final de maio, após a denúncia de manipulação de medicamentos controlados sem receita e em série. Apesar da blitz de ontem não ter apurado nenhuma irregularidade, o inquérito policial continua investigando se o estabelecimento apresenta algum desvio de conduta.  As farmácias infratoras podem sofrer advertências como pena educativa, multas, interdição parcial ou total, cassação da Autorização de Funcionamento Especial e do Alvará Sanitário. Os locais autuados podem voltar a funcionar desde que estejam regularizados após julgamento do processo administrativo. Para os cidadãos que quiserem denunciar casos de irregularidade envolvendo medicamentos, o telefone da Vigilância Sanitária é 3829-8164.RegularidadeO proprietário da Central Farma, Renildo da Silva Flores, entende que as denúncias devem ser apuradas. “No entanto, estamos conscientes que o nosso trabalho e a nossa conduta ética não irão acusar irregularidades. Uma prova disso é que a vistoria de hoje (ontem) permitiu que as autoridades comprovassem que estamos dentro da regularidade”, finaliza Renildo.
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