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03 de agosto, de 2007 | 00:00

Famevaço investe em geração de conhecimento

Centro de Pesquisa em Neurociência recebe ex-integrante da NASA

IPATINGA - Os estudos na área de epilepsia, memória e aprendizagem entram em uma nova fase na região, a partir da inauguração do Centro de Pesquisa em Neurociência (CPNC), que ocorreu na manhã de ontem, na faculdade de medicina do Vale do Aço (Famevaço), bairro Veneza. O laboratório deve se tornar um grande centro de pesquisas e geração de conhecimentos na área de neurociência, reconhecida como uma ciência interdisciplinar, que engloba, além da medicina, biologia, psicologia e as ciências da educação.
Divulgação


O prefeito Sebastião Quintão visitou o mais novo laboratório de pesquisa da Famevaço
A inauguração do CPNC da Famevaço contou a presença do professor Márcio Flávio Dutra Moraes, com trabalhos de pesquisa desenvolvidos na NASA (EUA). Márcio Moraes é professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG; Doutor em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP); Engenheiro Eletrônico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); Líder do Núcleo de Neurociências da UFMG; Pesquisador Visitante do Colégio de Medicina de Illinois (EUA) e já integrou o Programa de Treinamento de Ciência Espacial da NASA.Também participaram da inauguração o diretor-geral da Famevaço, Carlos Haroldo Piancastelli, o coordenador do laboratório de CPNC, José Euvano Moraes, o prefeito de Ipatinga, Sebastião Quintão (PMDB) e alunos do curso de medicina. Conforme adiantou Piancastelli, a abertura do CNPC propiciará à Famevaço, em breve, firmar parcerias com instituições estrangeiras. Essa aproximação tende a viabilizar a captação de recursos para a manutenção da infra-estrutura do laboratório. â€œEssa junção da pesquisa e do conhecimento certamente será uma alavanca importante para abertura da faculdade para outros mercados, no campo da pesquisa. Além de permitir a materialização de parcerias com instituições nacionais e internacionais. Estamos com uma proposta de, em breve, hospedar aqui na faculdade o desenvolvimento de um projeto de pesquisa de instituições estrangeiras”, revela Piancastelli. InvestidaApós ministrar uma palestra sobre a evolução histórica da neurociência na humanidade, durante a inauguração da CPNC da Famevaço, o professor Márcio Flávio Moraes concedeu entrevista ao DIÁRIO DO AÇO e elogiou essa investida da faculdade. “A iniciativa de escolas particulares, investindo em geração de conhecimentos, ainda não é algo muito comum no Brasil. Eu diria que é raro. Um dos expoentes neste sentido é a PUC do Rio Grande do Sul. Em Minas Gerais, conheço poucas faculdades particulares que geram essa infra-estrutura de ciência. Aqui nessa região não conheço nenhuma”, admitiu Márcio. Na avaliação de Rachid Anuar de Oliveira Lauar, aluno bolsista do CPNC, o laboratório vai ampliar as possibilidades de pesquisa na faculdade. “A iniciação científica resulta no o aprimoramento do raciocínio com a finalidade de gerar novos conhecimentos”, ressaltou.
Bruno Jackson


Márcio Moraes, que já desenvolveu estudos na NASA, ministrou palestra durante a inauguração do Centro de Pesquisa em Neurociência
RecursosNa avaliação de Márcio Flávio Moraes, o alto custo de manutenção do laboratório de Centro de Pesquisa em Neurociência é inevitável. Contudo, segundo ele, esta não deve ser a preocupação inicial da Famevaço. “Eu diria que o principal gasto é na formação de recursos humanos. E isso não é obstáculo, pois a Famevaço está com profissionais excelentes. O precário investimento em ciência não é um problema específico de Ipatinga, é um problema nacional. Portanto, a questão é quanto tempo a faculdade vai demorar para entrar nessa problemática”, analisa. “Creio que a faculdade deve, inicialmente, disputar dinheiro de financiamento de pesquisa tanto na esfera estadual como federal”, sugere.RelevânciaO prefeito Sebastião Quintão definiu o CNPC da Famevaço como uma iniciativa que eleva a qualidade da medicina de Ipatinga e região. “É de alta relevância a inauguração deste laboratório. Sabemos que a ciência evolui e esse Centro de Pesquisa vem comungar com este elevado espírito público e científico de nossa gente. A faculdade de Medicina está muito bem capitulada nos anais nacionais de resultados e da competência da ciência. Cremos que esta iniciativa vai dar uma impulsão e um cunho moral científico elevado à nossa faculdade”, disse Quintão, que se propõe a dialogar com a Famevaço no sentido de apoiar a manutenção da infra-estrutura do laboratório de Pesquisa em Neurociência.“Qualquer coisa que depender do município, desde que seja legal e haja previsão orçamentária, estamos abertos ao diálogo, para fazer parcerias e convênios. E se for o caso, nos associarmos com os estados e com a federação”, garante o prefeito.Centro pretende ajudar portadores de epilepsiaO Centro de Pesquisa em Neurociência (CPNC) da Faculdade de Medicina do Vale do Aço (Famevaço) pode se tornar referência na solução de problemas para quem sofre de epilepsia. É o que garante o líder do Núcleo de Neurociências da UFMG, Márcio Flávio Dutra Moraes. “Normalmente, as pessoas com epilepsia têm dificuldade de obter informação e tratamento. Em alguns casos, inclusive, não há tratamento adequado, são situações em que não adiante o paciente tomar remédio. Como essas pessoas não têm opção, são as pesquisas que permitir a esses pacientes se tratarem e curar a epilepsia. Portanto, a criação de um Centro de Pesquisa dessa natureza gera um centro de referência para buscar esse tipo de informações na região do Vale do Aço”, acrescenta.Fazendo coro ao discurso de Márcio Moraes, o diretor-geral da Famevaço, Carlos Haroldo Piancastelli, garante que o CPNC cumprirá uma importante função social na região. “O CPNC ao mesmo tempo em que é pesquisa e ciência, ele tem a possibilidade de trazer para dentro da instituição, o ideário da pesquisa e da ciência. Uma ciência que se propõe a investigar o cérebro, os processos de memória e de aprendizagem. E não pode ser apenas pesquisa por pesquisa. É preciso haver relevância social. Dessa forma esperamos prestar uma grande contribuição do ponto de vista da região do Vale do Aço e do Leste mineiro, do ponto de vista da aplicação dos resultados dessas nossas pesquisas”, enfatiza Piancastelli.Bruno Jackson
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