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24 de maio, de 2008 | 00:00

Multidão se despede de Gleisson

Acidente durante trilha mata filho do dono da Casa Avenida

Wellington Fred


Centenas de pessoas foram ao cemitério manifestar solidariedade aos familiares de Gleisson
IPATINGA - Uma multidão compareceu ontem ao Cemitério-Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, para dar adeus ao comerciante Gleisson Ferreira de Pinho, de 32 anos, vítima de um acidente quando participava de uma trilha de motos na região da Serra dos Cocais, em Coronel Fabriciano. Filho do proprietário da Casa Avenida, José Dermo de Pinho, Gleisson foi arremessado contra uma árvore após perder o controle de sua moto na manhã do feriado religioso de quinta-feira.O acidente ocorreu por volta das 10h30, no local denominado pelos  trilheiros de “tapa na cara”, devido à quantidade de galhos que exigem muita perícia dos motociclistas para protegerem seus rostos. Gleisson perdeu o equilíbrio ao bater num toco de árvore uma das rodas da moto Gas-Gas, de fabricação espanhola e muito utilizada nessa modalidade esportiva. Em seguida, foi arremessado contra um eucalipto. Apesar do forte choque na região do tórax, ele disse aos amigos que estava bem.No entanto, depois de conversar e responder às perguntas de outros três colegas, o comerciante começou a reclamar da “falta de ar”, seguindo-se um mal-estar. Os companheiros tentaram apressar o socorro, levando a vítima para uma estrada, enquanto acionavam o Corpo de Bombeiros. Os militares tentaram levar o rapaz ao Hospital Siderúrgica, em Coronel Fabriciano, mas a morte ocorreu durante o trajeto.
Álbum de família


Gleisson era o filho mais velho e comandava as atividades da tradicional Casa Avenida, no bairro Iguaçu
O mais velho de três irmãos, Gleisson era filho do comerciante José Dermo de Pinho, proprietário da Casa Avenida, empresa tradicional localizada na avenida Brasil, no bairro Iguaçu. Abalados, os pais receberam condolências de pessoas dos mais variados segmentos da sociedade.No enterro, o tio da vítima, comerciante Raimundo de Pinho, em nome da família, agradeceu a solidariedade dos amigos. “É reconfortante saber que ele era muito querido. Gleisson morreu fazendo algo que gostava. Apesar da dor, sabemos que foi uma fatalidade”, disse Raimundo, após o enterro, ocorrido no fim da manhã de ontem.SegurançaO tio ressaltou que o sobrinho andava sempre com os equipamentos de segurança e cobrava dos colegas de trilha idêntico procedimento. Gleisson era casado há menos de três anos, e não tinha filhos. O rapaz era considerado o braço direito do pai. José Dermo praticamente já havia transferido ao seu primogênito a responsabilidade de comandar os negócios da família.Entre as centenas de pessoas que estiveram no enterro estava o trilheiro Nivaldo Azevedo. Ele passou pelo local após o acidente com Gleisson. “É um esporte perigoso, mas todos que o praticam tomam cuidados e se equipam. O que aconteceu com ele foi algo não comum, de fatalidade mesmo”, afirmou.A exemplo de Gleisson, Nivaldo é integrante do Trail Clube Serra dos Cocais. Segundo ele, por precaução é recomendável que os colegas e praticantes de trilhas compareçam ao local do acidente. O objetivo é verificar como está a área, e se possível retirar os restos da árvore que causou o acidente. Alguns trilheiros revelavam ontem, no cemitério, a intenção de colocarem uma cruz no local, como homenagem póstuma à memória  Gleisson Ferreira de Pinho.
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