23 de abril, de 2008 | 00:00

Medo de explosão desordenada

Moradores lutam para barrar construção de novos prédios no bairro Horto


Conjuntos residenciais como um novo prédio na rua Caviúna alimentam polêmica
IPATINGA - Nesta quinta-feira (24), a Associação dos Moradores do Bairro Horto (AMOH) se reúne em assembléia ordinária para discutir a construção civil na localidade. Na última assembléia da entidade, a construção desordenada de prédios no bairro dominou a pauta. Amanhã, o encontro contará com a presença de representantes de outras associações de moradores, comerciantes, empresários, além de representantes da Prefeitura, Câmara Municipal, Promotoria do Meio Ambiente e Judiciário.A presidente da AMOH, Maria do Carmo Silva Melo, explicou que o ambientalista André Tenuta fará uma palestra enfocando a questão da construção civil e a legislação ambiental. O palestrante participou de movimento semelhante no bairro Cariru, onde a comunidade reivindicou a interrupção da construção de novos prédios. “A preocupação é com a qualidade de vida de todos nós, porque do jeito que está indo, em curto prazo a situação ficará insustentável”, afirmou, lembrando que o bairro foi construído entre montanhas, é cortado pela BR-381 e pela linha férrea.EspeculaçãoA dirigente comunitária demonstra grande preocupação com o mercado imobiliário especulativo, alegando que as construtoras aproveitam um lote regular, onde havia uma única residência, para erguer blocos de apartamentos, abrigando dezenas de famílias. “Isso contribui com o estrangulamento da estrutura, já bastante precária. Eles constroem e vão embora, deixando o problema para quem mora aqui”, reclama Maria do Carmo.De acordo com a presidente, outras reivindicação da AMOH, “encaminhadas há muito mais de ano para a Prefeitura”, são em relação às redes de esgoto e pluvial (construídas juntas), que provocam forte odor e constantes inundações e entupimentos. Os piques de energia também têm sido constantes no bairro, pois o consumo aumentou muito e não houve plano de expansão da rede elétrica. “Isso sem contar o fluxo de veículos que aumentou consideravelmente, comprometendo até mesmo um atendimento de urgência e emergência nos horários de pico”, concluiu Maria do Carmo.
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