23 de abril, de 2008 | 00:00

Farinha dispara e vai pressionar preço do pão

IPATINGA – O consumidor que não vive sem começar o dia com um bom pedaço de pão pode preparar o bolso porque a qualquer momento vai encontrar os produtos de panificação mais caros. Principal matéria-prima, a farinha de trigo subiu cerca de 20% desde o mais recente aumento nos preços, aplicado em 12 de março. O último aumento foi de 12% em média nos produtos, o que elevou o preço do pão de sal, um dos mais consumidos, para R$ 6,10 o quilo. Mas, diante da disparada no preço da farinha de trigo importada da Argentina, os panificadores já prevêem novo reajuste para os consumidores. O presidente do Sindicato dos Panificadores do Vale do Aço (Sinpava), Aloísio Pinto dos Santos, explica que a farinha já custa R$ 96 na entrega programada e R$ 103 no caso da entrega não programada nas padarias. “É um aumento em todo o país, não só no Vale do Aço. Agora, os panificadores já sentem reflexos dessa disparada, mas ainda não há nada acertado em termos do aumento no preço do pão. Mas é fato que ele pode acontecer a qualquer momento”, explica o dirigente.  Valem ouroO Brasil importa entre 70% e 80% da farinha de trigo que consome e, além da Argentina, compra do Canadá e Estados Unidos, mas em função da distância, há preferência pelo produto argentino, que está cada vez mais escasso e cotado a peso de produto valioso.Segundo o site Mercado Mineiro, a Argentina, que tentava priorizar as vendas de produtos de maior valor agregado e para isso adotava uma política de restrição às exportações de trigo, voltou a vender o cereal in natura. Contudo, o retorno da concessão dos registros de exportação do grão não deverá reduzir as pressões de preços para farinha, pães, massas, entre outros itens de seus subprodutos vendidos no Brasil. Os aumentos já estão no forno e vão chegar a pelo menos 15% até o fim do semestre. Isso se a tendência de valorização da tonelada do grão permanecer estável nos próximos meses. No último ano, o preço da tonelada de trigo subiu mais de 110%. Hoje, é negociada pela média de US$ 420.
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