19 de abril, de 2008 | 00:00

Saúde exige melhor avaliação

Comissão de Direitos Humanos decide retirar próprio projeto da pauta

Wôlmer Ezequiel


Para Valmir Lage, aprovação da lei é um “cheque
FABRICIANO - O projeto da Comissão de Direitos Humanos, formada pelos vereadores Julião da Conceição Ribeiro (DEM), Geraldo Beltrame (PT), Rubens Magalhães (DEM), Vanderlei Cupertino, o Canigia (PT), e Aroldo Brande (PTC), e que propõe medidas mais duras na fiscalização de convênios da área de saúde, foi retirado de pauta a pedido da própria Comissão, para a realização de novos estudos.Na avaliação de Geraldo Beltrame, relator da matéria, é preciso discutir ainda mais o projeto, que ele considera de grande importância. “A população não pode se sentir lesada como vem acontecendo habitualmente em Fabriciano”, diz o líder do Governo na Câmara.As críticas são diretas ao Hospital Siderúrgica, que recebe verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem se tornado alvo de reclamações pelos usuários do serviço. “A fiscalização tem que existir, mas isso já é algo que está previsto em contrato, assinado em outubro do ano passado. A aprovação de um projeto como esse significa prejudicar a vida dos próprios fabricianenses”, critica Valmir Lage, diretor-administrativo do hospital.Conforme Lage, há questões políticas envolvendo a votação desse projeto. “O Legislativo aprovando essa matéria é como assinar um cheque em branco para o Executivo, que passaria a julgar o que seria a má prestação do serviço público na área de saúde”, questiona o executivo.Por sua vez, Geraldo Beltrame ressalta que Fabriciano não pode conviver com a “crescente onda de reclamações” no Siderúrgica. Por isso, acredita que a aprovação da lei é um mecanismo para evitar graves problemas na saúde pública. “O que não pode é continuar como está”, posiciona.NúmerosO diretor-administrativo do Hospital Siderúrgica apresenta números que mostram o aumento de atendimentos no centro de saúde. Em 2007, segundo o relatório, foram 2.615 pessoas assistidas. De janeiro a março deste ano, 3.651 pacientes já passaram pelo Siderúrgica. Estima-se que até o final de abril 4.283 pessoas sejam atendidas, um aumento de 58,63%.“O atendimento cresceu muito e, com a construção da UTI, em fase adiantada, as reclamações vão cair. Por isso acho acertado adiar essa votação, para uma análise da matéria com mais crítica”, ressalta Lage.Roberto Bertozi
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