19 de abril, de 2008 | 00:00

41 empregos por dia em Ipatinga

Minas fecha 1º trimestre com recorde na criação de postos de trabalho

DA REDAÇÃO – O município de Ipatinga é o segundo de Minas Gerais em geração de empregos, em termos absolutos, no primeiro trimestre de 2008. Ao todo, foram criados 3.716 postos de trabalho em 91 dias, o que representa quase 41 (40,83) empregos por dia. Em primeiro lugar aparece Belo Horizonte, com 18.664 empregos, e em terceiro, Betim (2.539).Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Minas Gerais terminou o primeiro trimestre deste ano com o maior número de empregos criados no período desde o início dos levantamentos do Caged, em 1999. Foram gerados 71.268 novos postos de trabalho nos primeiros 91 dias de 2008, o que corresponde a 783 empregos por dia. Até então, o melhor desempenho havia sido registrado em 2006, com a criação de 48.741 empregos. O resultado de 2008, que reforçou a posição do Estado como segundo maior criador de empregos do país, é 46,2% maior.SetoresDe acordo com técnicos do Caged, o resultado reflete o momento de expansão econômica do país, com a diversificação e o fortalecimento das atividades geradoras de empregos. O crescimento foi registrado em praticamente todos as áreas, incluindo a iniciativa privada, em especial, e o setor público, com a realização de inúmeros concursos públicos.Dos 25 setores e subsetores pesquisados, 23 tiveram aumento do número de vagas. Alguns registraram crescimento acima de cinco pontos percentuais em relação ao número de postos existentes no final de 2007, casos da produção de alimentos e bebidas (6,47%), administração pública (6,39%), construção civil (6,25%), material elétrico e de comunicação (5,10%) e calçados (5,03%). O crescimento geral de Minas foi de 2,29%, maior que a média nacional de 1,91% observada no primeiro trimestre. Em números absolutos, os setores que mais cresceram foram o de serviços (24.184 vagas), indústria de transformação (22.703) e construção civil (14.190). As únicas retrações ficaram por conta dos subsetores de produção de minerais não-metálicos (-0,15%) e comércio varejista (-0,53%), tendo este último sido fortemente afetado pela tradicional demissão após o período do Natal, quando são feitas as contratações temporárias para atendimento à forte demanda dos consumidores que vão às compras de fim de ano. No comparativo mensal, Minas também apresentou bons resultados, com crescimento de 1,04% no estoque de empregos em relação a fevereiro, índice maior do que a média brasileira (0,70%). Os destaques foram a construção civil (2,78%), produção de alimentos e bebidas (2,28%) e mecânica (2,19%). As quedas registradas foram do setor de papel e papelão (-0,13%), comércio varejista (-0,06%) e minerais não-metálicos (-0,02%).MunicípiosA geração de empregos em diversas regiões do Estado demonstra que a expansão das atividades econômicas vem contemplando, de um modo geral, o interior mineiro. As três cidades que mais criaram empregos proporcionalmente são João Pinheiro, no Noroeste do Estado, que teve crescimento de 15,55%, com bom desempenho da indústria da transformação (888 vagas) e da agropecuária (111); Frutal, no Triângulo Mineiro, com mais de 1.000 vagas, também influenciado por esses dois setores; e Itabirito, na região Central, que teve o terceiro melhor desempenho (10,07%), resultado atrelado à construção civil (1.027 postos). Completam a lista das dez maiores expansões proporcionais as cidades de Nanuque (9,05%) Nova Serrana (6,79%), Ipatinga (6,39%), Arcos (5,64%), Paracatu (5,15%), Congonhas (4,95%) e Passos (4,93%). Em números absolutos, a capital foi a que mais criou empregos (18.664) no primeiro trimestre, seguida por Ipatinga (3.716) e Betim (2.539). Os outros municípios que aparecem na lista das dez maiores são Contagem (2.353), Uberlândia (1.762), Nova Serrana (1.206), Itabirito (1.197), Nova Lima (1.024), Frutal (1.019) e João Pinheiro (1.007).