12 de abril, de 2008 | 00:00

Pavimentação pronta no fim do mês

Após 15 meses, obra na avenida Tancredo Neves, no bairro Caladinho, é concluída

Fotos: Wôlmer Ezequiel


As obras duraram mais de dez meses na avenida Tancredo Neves: via de escoamento da produção regional
FABRICIANO – Desvio, trânsito lento, poeira; chuva, barro, transtorno e muita paciência. Se nos últimos dez meses essa foi a rotina no trecho da avenida Tancredo Neves, no bairro Caladinho, em fase final de obras, por outro lado existe a expectativa de esses tormentos nunca mais fazerem parte do cenário de uma das principais vias de ligação do Vale do Aço.As obras de drenagem na Tancredo Neves já foram finalizadas e, para que o trecho seja liberado em sua totalidade, restam a pavimentação da via e a fresagem (nivelamento) da pista, além da colocação de novos quebra-molas e instalação de sinalização vertical. Após a conclusão dessas intervenções, será aberto o processo de municipalização da avenida.EtapasAs obras de drenagem começaram no dia 15 de janeiro do ano passado. Engenheiros da empresa Conspar, vencedora da licitação, iniciaram a leitura topográfica do alto do Caladinho antes de chegar ao estacionamento do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), onde aconteceu a primeira intervenção, com a escavação do terreno para passagem de adutoras. Mais tarde, seria feita a drenagem das ruas Itaberália e São Pedro, evitando assim que a terra que se desprende das encostas cheguem à avenida em períodos de chuvas.“Foi feito um sistema de canalização na região de cima do Caladinho, próximo à avenida Atlântida. Nessa primeira etapa, conseguimos evitar que o barro desprendido da parte alta chegasse à rodovia. Certamente, o que facilitou isso também foi a construção de bocas-de-lobo (93 no total) em todo o trecho, melhorando a captação e a vazão da água”, descreveu o prefeito Chico Simões (PT). A obra no pátio do Unileste e em áreas periféricas do bairro durou até 31 de março, quando aconteceu a primeira paralisação.No total, foram utilizados 158 trabalhadores, entre pedreiros, serventes, armadores, carpinteiros, motoristas e carreteiros autônomos. Foram gastos na obra um total de 275 mil quilos de ferragem e 4.500 m³ de concreto, tudo isso para a construção de 1.700 metros de galeria. “É uma obra que pode ser considerada a principal já realizada nos últimos anos em Fabriciano, tendo em vista a importância dessa via para o escoamento da produção de todo o Vale do Aço”, ressaltou Simões.O valor total liberado pelo governo federal para a obra, segundo o prefeito, foi de aproximadamente R$ 7 milhões. A Prefeitura doou o projeto da obra ao Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), no valor de R$ 100 mil.CompreensãoEnvolvido com o projeto de engenharia para construção da drenagem antes mesmo da execução da obra, o secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Galba Gomes, destacou a compreensão da população que utiliza a via. “Com o trecho interditado em meia pista, a realidade do local foi modificada em alguns pontos. Mas o importante foi encontrar a compreensão de grande parte dos moradores e comerciantes, cientes dos benefícios com a melhora”, avaliou Galba.

O comerciante Ruymárson Godoy: fim dos prejuízos
Para Ruymárson Godoy Bragança, proprietário da Marmoraria Vale do Aço e que sempre tinha o estabelecimento inundado em períodos de chuva, valeu a pena esperar. Ele disse que era comum, em períodos de verão, seu estabelecimento amanhecer alagado e com muita sujeira e lama no pátio. “Era prejuízo certo”, frisou.O comerciante afirmou que não teve prejuízos durante a execução do projeto, mas admitiu que as obras dificultaram algumas coisas. “Clientes não tinham onde parar o carro e deixaram de vir até minha marmoraria, mas nada que comprometesse as vendas”, avaliou.Chuvas atrapalharam, reconhece secretárioO secretário de Obras, Galba Gomes, atribuiu o atraso na entrega do trecho às chuvas que, mesmo em menor quantidade do que o habitual, acabaram por modificar as rotinas de trabalho. “Não tenho dúvidas de que, até o final do mês, toda a extensão da avenida Tancredo Neves estará liberada aos motoristas. A galeria já está 100% pronta, faltando apenas a pavimentação”, garantiu.

O secretário Galba Gomes: fim dos alagamentos
Com a parte mais complicada do projeto já concluída, entre a rua Itabira e o pátio do Unileste até a altura do escritório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), o trabalho de instalação de novas manilhas foi executado rapidamente. Em alguns pontos da avenida o asfalto foi aberto, construíram-se novos berços e as manilhas foram instaladas. Ao longo dessa semana, a fluência de carros pelo trecho ficou bastante prejudicada, pois apenas uma pista era liberada de cada vez, a fim de permitir a instalação das valas.Ao todo foram instalados 2,8 quilômetros de canalização, entre a montante e a jusante do ribeirão Caladinho. A drenagem finaliza na rua Itabira, atrás do pátio do Unileste. No local, já começou a ser construído um muro de gabião para dar sustentação às margens, a fim de suportar o aumento da vazão.Simões agradece atuação do vice José AlencarDepois de paralisadas entre abril e julho do ano passado, as obras na avenida Tancredo Neves só foram retomadas após a liberação de R$ 4,9 milhões, do governo federal, destinados à segunda e mais complexa parte do projeto: a rodovia. O recurso foi proveniente do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) e repassado ao 11º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército, sediado em Araguari.Conforme o prefeito Chico Simões, o dinheiro foi liberado após uma série de reuniões com o diretor do Dnit, Mauro Barbosa, e o vice-presidente da República, José Alencar. “Pelo fato de o vice-presidente conhecer bem a realidade de nossa região e saber da importância desse trecho para o Vale do Aço, a verba foi liberada”, contou.Em relação à municipalização da avenida, o prefeito disse que não há razão para a existência de duas rodovias com o mesmo nome, o que confundiria motoristas em trânsito pelo Vale do Aço. “A BR-381 corta a região e nem passa mais em nosso município, pois agora ela faz parte do contorno rodoviário. Por isso, acredito que não teremos problemas ao longo desse processo”, avaliou Chico Simões.
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