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09 de abril, de 2008 | 00:00

Ferro-velho é criatório de dengue

Pátio de recolhimento de carros é alvo de reclamação em Coronel Fabriciano

Wôlmer Ezequiel


Veículos empilhados uns sobre os outros se tornam terreno fértil para a proliferação da dengue
FABRICIANO – A constatação de que Coronel Fabriciano apresenta o maior índice de infestação entre as cidades-pólo do Vale do Aço (7,2%, contra 4,9% em Timóteo e 4,6% em Ipatinga) não assustou parte da população. Exemplo disso aparece no Centro da cidade, no ferro-velho utilizado como depósito para os carros apreendidos pela Polícia Militar. Carcaças de carros, pneus, materiais e objetos que servem de ‘berço’ à larva do Aedes aegypti dominam a paisagem no local. A denúncia foi feita por alguns vizinhos que, com medo de represálias, recorreram ao anonimato.No pátio de carros apreendidos, o proprietário do local, Edézio Moraes, disse que periodicamente os agentes sanitários da Secretaria da Saúde passam pelo local, borrifando remédios e destruindo os focos do mosquito. “A eliminação dos focos ocorre a cada 15 dias e uma vez por mês borrifam o remédio. Fazemos visitas em pontos estratégicos, mas é preciso que os donos de estabelecimentos ajudem o trabalho da vigilância sanitária”, explica Patrícia Guedes, gerente de Saúde Coletiva da PMCF.No pátio, muitos carros estão empilhados, completamente destruídos e sem utilidade alguma, a não ser para os mosquitos. Dentro dos automóveis, os painéis se transformam em depósito de larvas. “Não há porque me preocupar, já que a presença dos agentes com freqüência aqui é suficiente para eliminar os focos”, acrescenta o proprietário do pátio. O resultado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em Fabriciano deixou os agentes de saúde preocupados, ainda mais com a falta de responsabilidade das pessoas.“O município tem o seu papel de fiscalizador, além de atuar na tentativa de eliminar os focos do mosquito, mas é preciso que cada cidadão faça sua parte. Estamos com freqüência enviando agentes para áreas consideradas de risco, mas apenas em conjunto com a comunidade é que vamos acabar com o mosquito”, resume a gerente.Alheios à reclamação, caminhoneiros que trabalham fazendo frete próximo ao pátio do ferro-velho, localizado à rua Copacabana, atrás da igreja Assembléia de Deus, dizem que nunca contraíram a dengue. “A gente sabe que ali dentro tem muita água parada, mas se o dono está falando que o ‘pessoal do combate à dengue’ vem aqui freqüentemente, é porque deve ser verdade. Além do mais, trabalhamos nesse local e não tem como a gente sair daqui. Mas esperamos que todos possam ajudar no combate a essa doença”, destaca um dos caminhoneiros.FumacêDe acordo com a gerente de Saúde Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Fabriciano, Patrícia Guedes, 40 agentes trabalham no combate ao mosquito. O Governo do Estado liberou uma caminhonete e o Fumacê teve início na tarde da última segunda-feira, no bairro Giovaninni. A idéia é que o carro passe por toda a cidade, priorizando os locais com maior notificação.Conforme a gerente, os trabalhos têm se intensificado em locais estratégicos, como garrafarias, oficinas mecânicas, ferros-velhos, valetas, bocas-de-lobo, entre outros pontos favoráveis à proliferação do mosquito. Roberto Bertozi
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