28 de março, de 2008 | 00:00

Sistema Usiminas tem lucro de R$ 3,2 bilhões em 2007

Arquivo/DA


Rinaldo Soares: vigor dos resultados
DA REDAÇÃO - Maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina e líder no mercado nacional, o Sistema Usiminas, que inclui a Usiminas, no Vale do Aço, e a Cosipa, em Cubatão (SP), registrou lucro líquido de R$ 970 milhões no quarto trimestre de 2007, 29% superior ao montante apurado no mesmo período de 2006. No resultado acumulado de 2007, o lucro líquido atingiu R$ 3,2 bilhões, 26% acima do registrado em 2006. Este resultado é o segundo maior da história do complexo siderúrgico, inferior somente ao obtido em 2005, quando o lucro líquido atingiu R$ 3,9 bilhões.O indicador financeiro para medir fluxo de caixa das empresas, EBITDA, alcançou R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre, 3% superior ao apurado no mesmo período de 2006, e atingiu R$ 5 bilhões no acumulado do ano, o que representa um crescimento de 15% em relação ao EBITDA apurado em 2006. Já a receita líquida totalizou R$ 3,5 bilhões no mesmo período, com crescimento de 6% em relação ao quarto trimestre de 2006. No ano de 2007, a receita totalizou R$ 13,8 bilhões, com crescimento de 11% se comparado a 2006.EstratégiaDe acordo com o diretor-presidente da Usiminas e da Cosipa, Rinaldo Campos Soares, o Sistema chega ao fim de 2007 dando mostras do vigor de suas operações e resultados. “A melhoria no mix de produtos comercializado, associada aos melhores preços praticados no período e à redução das despesas financeiras estão entre os fatores preponderantes que explicam os resultados positivos do Sistema Usiminas neste período”, avaliou.O diretor-presidente destacou também, como fator preponderante do ponto de vista estratégico, a aquisição do grupo de mineração J.Mendes, ocorrida em fevereiro deste ano. “Esta aquisição se alinha estrategicamente ao ciclo de investimentos do Sistema Usiminas, que prevê, até 2015, aportes de aproximadamente US$ 9 bilhões na ampliação da capacidade de produção de 9 milhões para 15 milhões de toneladas de aço líquido por ano. Representa também um diferencial competitivo, na medida em que permite à companhia verticalizar a sua cadeia produtiva, assumindo desde a extração até o beneficiamento e distribuição do aço”, afirmou Soares.VendasAs vendas físicas de dois milhões de toneladas no quarto trimestre de 2007 apresentaram-se no mesmo patamar do volume vendido no mesmo trimestre de 2006. Já no acumulado do ano, as vendas atingiram oito milhões de toneladas, 0,6% superior em relação a 2006, sendo 77% direcionadas ao mercado interno e 23% ao mercado externo.O atendimento ao mercado interno continuou priorizado pela companhia, acompanhando o aquecimento da demanda por aços planos, que em 2007 evoluiu 18%. Por isso, a representatividade das vendas para o mercado interno, onde se é possível ofertar aços mais nobres e obter margens maiores, foi superior em relação ao verificado em 2006.No quarto trimestre de 2007 as vendas para o mercado interno atingiram 1,6 milhão de toneladas, 19% acima das vendas verificadas no mesmo trimestre de 2006. No acumulado de 2007, as vendas totalizaram 6,1 milhões de toneladas, 16% acima do volume registrado no mesmo período de 2006.No volume acumulado em 2007, o crescimento da linha de chapas grossas foi ainda mais expressivo (+41%), devido ao excelente desempenho dos setores de tubos de grande diâmetro, naval, equipamentos industriais, rodoviários e construção civil. Os produtos galvanizados e laminados a frio, destinados ao segmento automotivo (automobilístico e autopeças), cresceram 10% em razão do excelente desempenho deste setor.O Sistema Usiminas manteve sua posição de liderança no fornecimento de aços planos aos principais segmentos do mercado interno, encerrando o período com participação de mercado de 52%. Com relação ao mercado externo, as vendas no quarto trimestre totalizaram 377 mil toneladas, 42% menores do que o volume comercializado no mesmo período de 2006. Já no acumulado de 2007, as exportações totalizaram 1,9 milhão de toneladas, 29% inferiores em relação às embarcadas em 2006.ProduçãoSegundo dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), em 2007 a produção nacional de aço bruto atingiu 33,8 milhões de toneladas, crescimento de 9% em relação a 2006. A produção do Sistema Usiminas correspondeu a 26% deste total.No quarto trimestre a produção de aço bruto totalizou 2,15 milhões de toneladas, 3% menor que a obtida no mesmo período de 2006. Ao final de 2007, a produção total de aço bruto alcançou 8,7 milhões de toneladas, em linha com volume registrado em 2006. No ano, foram alcançados diversos recordes de produção, despacho e faturamento, ao mesmo tempo em que se deu continuidade aos esforços de redução de custos e aumento de receitas nas usinas.Conquistas e reconhecimentos internacionaisEm 2007, o Sistema Usiminas obteve reconhecimentos importantes do mercado e de entidades representativas do Brasil e internacionais. Entre eles, destaca-se a inclusão no ranking Value Creators Report - 2007, elaborado pelo The Boston Consulting Group (BCG), como a quinta do mundo e a primeira do Brasil que mais criou valor para os acionistas, com retorno médio anual de 76% entre 2002 e 2006. Os dados mensurados referem-se à apreciação do valor das ações e ao pagamento de dividendos. A siderúrgica mineira teve suas ações valorizadas em 3.553% nos últimos cinco anos.Unindo forte geração de valor à credibilidade, o Sistema Usiminas tornou-se, em 2007, a primeira e única companhia siderúrgica brasileira a conquistar o Grau de Investimento (“Investment Grade”) das três principais agências de avaliação de riscos de crédito do mundo - Moody’s, Standard&Poor’s e Fitch Ratings, refletindo o patamar sólido em que a empresa se encontra hoje e também respaldando o seu futuro.Além do triplo Grau de Investimento, em 2007 o Sistema Usiminas também se tornou a única siderúrgica das Américas presente no prestigiado Índice Global Dow Jones de Sustentabilidade, da Bolsa de Nova York; recebeu o Prêmio de Melhor Companhia Aberta da Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) e foi incluído no ranking das 10 marcas mais valiosas do Brasil, pela consultoria internacional Interbrand.Investimentos tiveram crescimento de 127%Os investimentos totalizaram em 2007 o montante de R$ 1,2 bilhão, contra R$ 524 milhões em 2006, um crescimento de 127% quando comparado aos gastos em 2006. Os gastos concentraram-se em manutenção, atualização tecnológica de equipamentos e proteção ambiental das usinas do Sistema Usiminas.Nos próximos anos serão aplicados recursos acima de US$ 9 bilhões. Projetos focados na modernização e enobrecimento do mix de produtos das usinas de Ipatinga e Cubatão já estão em plena execução. Está prevista ainda a ampliação da capacidade produtiva da usina de Ipatinga em mais 3,2 milhões de toneladas até 2011/2012, em um projeto que demandará a construção do maior alto-forno da América Latina, com 5 mil metros cúbicos de volume. O processo dessa expansão já está acelerado, inclusive com o lançamento de cartas-convite aos fornecedores de alguns dos equipamentos previstos.O Sistema Usiminas também prevê uma outra expansão, de 3 milhões de toneladas/ano, que acontecerá até 2014, com produção voltada prioritariamente para oportunidades de laminação no exterior. A Cosipa, em Cubatão, é a primeira opção para receber este investimento.
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