27 de março, de 2008 | 00:00

Atuação para cobrir 82 municípios

Discussão sobre SAMU regional ganha força durante audiência


A coordenadora de Serviços de Urgência e Emergência, Rosa Garcia, esclareceu pontos sobre modelo de SAMU regional
TIMÓTEO - A Câmara Municipal realizou, ontem, uma audiência pública para discutir a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na macrorregião Leste de Minas Gerais. A audiência contou com a presença da coordenadora de Serviços de Urgência e Emergência do Estado, a enfermeira e consultora Rosa Aparecida Garcia. Foi exibida ainda uma videoconferência com o coordenador-geral dessa área em Minas Gerais, Welfane Cordeiro Júnior.     Rosa Garcia esclareceu que faz parte dos projetos do Estado, de 2005 a 2010, a implantação do atendimento de urgência e emergência móvel na macrorregião Leste, através de uma estruturação da rede de assistência e da regionalização do serviço. Apontou também os principais requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde nesses casos, com ênfase na implantação de uma infra-estrutura adequada, mais precisamente um ponto de apoio para o encaminhamento do paciente. Nesse contexto, caso se concretize a regionalização do atendimento, Ipatinga seria o município mais indicado para funcionar como central de regulamentação. O governo estadual dividiu o Estado, sendo que a macrorregião Norte já passa pelo processo de implantação do SAMU regional. Há um estudo para que ocorra o mesmo na macrorregião Centro, no entorno de Belo Horizonte. Conforme Rosa Garcia, “há uma grande possibilidade de implantação do serviço na região até 2010, em vista da grande mobilização das autoridades  nesse sentido, e ainda pela vantagem da existência de cidades com infra-estrutura adequada para o funcionamento do SAMU”, resumiu.   A Prefeitura de Timóteo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social, para se antecipar ao processo já vem adotando medidas necessárias para que o serviço chegue ao município, como o cadastramento de pedido do SAMU. O próximo passo será a adaptação das instalações do Pronto-Socorro João Otávio, com inauguração prevista para abril, a fim de se ajustar às exigências do Ministério da Saúde e se credenciar ao funcionamento como base de apoio operacional do SAMU. O coordenador do SAMU em Ipatinga, Norberto de Sá, já havia apresentado uma proposta de regionalização do serviço aos governos estadual e federal, com a previsão de usar uma frota de 22 ambulâncias, distribuídas entre os municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço. EmpenhoO presidente da Câmara de Timóteo, Keisson Drumond (PT), autor do requerimento que pediu a realização da audiência, ressaltou a importância do evento. “Podemos considerar esse um momento ímpar. A presença de  coordenadores do SAMU no Estado permitiu uma discussão franca sobre as providências que precisamos viabilizar para a regionalização do serviço. E como é inegável o benefício que essa conquista representa para a população, sem dúvida não faltará empenho da classe política para buscar esse objetivo”, afirmou o presidente do Legislativo. Rateamento de custosDefinida a regionalização do serviço, será realizado um estudo para saber qual a quantidade de ambulâncias necessárias para atender a demanda da macrorregião Leste, com abrangência sobre cerca de 82 municípios e população estimada de 1,5 milhão de habitantes. Cada Unidade de Serviço Básico (USB) custa mensalmente cerca de R$ 12,5 mil, e a Unidade de Serviço Avançada (USA) gera gastos mensais em torno de R$ 27,5 mil. Já o centro de regulação implica investimento mensal de R$ 19 mil. Nesse caso, 50% desse valor são cobertos pela União, 25% pelo Estado e os 25% restantes pelos municípios. A idéia é buscar o consenso entre os municípios beneficiados com o SAMU regional, para que entrem no rateio desse valor. A princípio, o município-sede assumiria uma parcela maior, o que aliviaria a contribuição das demais cidades participantes do sistema.
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