27 de março, de 2008 | 00:00
Mulher de 103 anos é atendida no COR
IPATINGA O Centro de Oncologia e Radioisótopos (COR), situado no bairro Ferroviários, recebeu uma paciente especial na tarde passada. Nascida a 13 de fevereiro de 1905, Joana Apolinário da Silva, de 103 anos, habituada a inúmeras superações em sua vida centenária, encara mais um desafio pela frente. Moradora da cidade de Alpercata, Joana iniciou ontem uma série de 35 sessões de radioterapia. Ela está hospedada na Casa de Apoio ao Paciente Oncológico, que recebe pacientes de outros municípios. Acompanhada de parentes, Joana chegou ao COR ansiosa por sua recuperação. Vou gostar de ficar aqui e minha melhora vai ser boa”, diz a senhora, que deu à luz cinco filhos (três estão vivos) e tem 17 netos e 15 bisnetos. Joana já é familiarizada com Ipatinga, onde trabalhou muitos anos. Trabalhei com muita coisa. Fazia serração de madeira e picava lenha para alimentar forno”, comenta a paciente. A doméstica Vera Lúcia Ferreira da Cruz, 48 anos, filha de Joana, acompanha a mãe no tratamento e conta que ela tinha saúde de ferro” até começar a sentir algumas dores. Ela não gostava de morar com ninguém e trabalhava bastante, tinha muita saúde. Fazia de tudo, até que há três anos ela caiu repentinamente. Ela foi levada para fazer exame em Governador Valadares e foi constatado um caroço do tamanho de uma laranja no útero. De lá para cá, minha mãe vem sentindo muitas dores”, conta Vera Lúcia.AlegriaAo conversar com Joana Apolinário, nota-se que seu lema é aproveitar a vida. O que eu mais gostava era de dançar, eu era muito festeira. Mas na hora de trabalhar, era trabalhar”, diz. Aparentemente sem receio de lutar contra o câncer, Joana está ansiosa por recuperar a saúde. Tenho vontade de pegar saúde de novo, a mesma que eu tinha, para fazer as coisas que preciso”. Naturalmente com a memória comprometida, Joana não lembra os atrativos que mais a envolveram em Ipatinga, mas elogia a cidade, embora prefira Alpercata. Ipatinga não é uma cidade ruim não, mas eu prefiro lá onde eu moro”, admite. Bruno Jackson
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