16 de março, de 2008 | 00:00

Anvisa interdita venda de medicamento sem registro

IPATINGA – Amplamente divulgado nos veículos de comunicação do Vale do Aço, está interditado para comercialização o medicamento Vital 400. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alega que o medicamento não possui registro e seu princípio ativo não cumpre o que promete. Vendido pela internet e via telefone, a Anvisa teve que contar com apoio da Polícia Civil de São Paulo para encontrar os responsáveis pela comercialização. A operação resultou na prisão de cinco pessoas e no fechamento do comércio varejista Vila Natural. No local foram encontrados, além do Vital 400, vários outros medicamentos sem registro no Ministério da Saúde.Segundo a Assessoria de Comunicação da Anvisa, o Vital 400 está com a comercialização vetada em todo o país e seu uso é desaconselhado. A assessoria afirma que antes de divulgar qualquer produto medicamentoso o veículo de comunicação deveria consultar a Anvisa para evitar a propaganda enganosa ou a venda de produtos que representem ameaça à saúde da população. “Não há lei que obrigue a fazer uma pesquisa dessa natureza, mas por uma questão de responsabilidade social a empresa de comunicação deveria pesquisar a idoneidade do que divulga”, afirma nota da Agência.Aos pacientes, orienta a Anvisa, cabe pesquisar se o medicamento que vão consumir tem registro no Ministério da Saúde e sempre consultar um médico antes de fazer uso de qualquer medicamento. “Medicamento sem registro pode significar várias coisas, entre elas, que não obedece a critérios técnicos, normas e pode até levar uma pessoa à morte”, adverte. Riscos A prisão dos envolvidos com o Vital 400 em São Paulo só aconteceu por causa da denúncia feita por um médico do Programa Saúde da Família, que observou a piora de alguns pacientes que fizeram uso do produto. O profissional encontrou pacientes com casos de hipertensão que tiveram sua situação de saúde agravada após a utilização do Vital 400, distribuído a partir da cidade de  Piracicaba. Após a denúncia a venda do produto passou a ser monitorada, os responsáveis identificados e autuados.Conforme as normas em vigor, os fabricantes e distribuidores em situação irregular tiveram as atividades paralisadas e não poderão fabricar nem comercializar qualquer produto. Os estabelecimentos ainda poderão ser penalizados com multa que varia entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, definida conforme a avaliação da gravidade do fato e possíveis antecedentes ou irregularidades sanitárias.
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