14 de março, de 2008 | 00:00
Piso salarial e plano de carreira
Escolas da rede estadual vão parar hoje em mobilização nacional
IPATINGA Professores da rede pública fazem hoje greve de um dia para discutir uma série de questões. Organizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), a mobilização nacional é para exigir que o Congresso aprove o piso salarial para os educadores, profissionalização dos funcionários de escolas e plano de carreira para os profissionais da educação. Em Ipatinga, algumas escolas da rede estadual avisaram ontem aos alunos sobre a paralisação nesta sexta-feira. Mas a sub-sede do Sind-Ute ainda não dispunha do balanço de quantos estabelecimentos atenderiam à convocação nacional.Em Minas Gerais, o dia de protesto será marcado por uma assembléia geral hoje, às 15h, no pátio da Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte. A diretora do Departamento de Comunicação e Cultura do Sind-Ute em Ipatinga, Márcia Leal, explica que uma caravana sai de Ipatinga às 6h em direção a Belo Horizonte, levando manifestantes para engrossar a assembléia geral. Profissionais de Timóteo e Coronel Fabriciano também acompanham a caravana. Após a paralisação de hoje, segunda-feira as escolas públicas voltam ao funcionamento normal. ReivindicaçõesMárcia Leal explica que nem todos os estados e municípios brasileiros garantem o plano de carreira, considerado importante por assegurar ao servidor público uma progressão continuada e condições favoráveis de trabalho. Outra reivindicação é em relação ao piso salarial. O governo federal anunciou que o mínimo para o trabalhador em educação seria de R$ 950. No entanto, sem tramitar no Congresso Nacional, esse valor é descumprido e, em Minas Gerais, por exemplo, um professor recebe R$ 850. Quando esse salário foi divulgado, as pessoas foram induzidas a acreditarem que receberiam R$ 850 como salário base, fora as vantagens por tempo de serviço e outros benefícios. Na prática, eram R$ 850 incorporadas às vantagens”, reclama a sindicalista.Protesto A assembléia geral dos trabalhadores em educação vai criticar também a estrutura da rede pública de educação. A diretora do Sind-Ute, Márcia Leal, questiona o que se divulga sobre os investimentos em educação. Além de melhorias salariais, é preciso melhores condições de trabalho, respeito aos educadores e infra-estrutura, das salas de aula à falta de refeitórios, as escolas estão abertas para que a população veja a realidade em face ao que é divulgado”, afirma.
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