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14 de março, de 2008 | 00:00

Atraso no socorro a mulher atacada pelo próprio cão

IPATINGA – A cozinheira Tereza Miranda, 40 anos, passou por momentos de terror ao chegar à sua casa na rua Anísio, 209, bairro Nova Esperança, na noite de quarta-feira. O cão da família, um pastor alemão mestiço, conseguiu escapar da coleira e “estranhou” a sua dona. No ataque do animal a mulher teve as mãos e pernas feridas pelas mordidas. A vítima conseguiu escapar após refugiar-se no interior da residência. Sozinha, buscou ajuda por telefone com a sobrinha, Degmar Aparecida Souza, que mora no bairro Bethânia.A estudante de Direito então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas o caso relatado para o plantão não foi classificado como de urgência. Com isso, Degmar foi informada que não haveria deslocamento de uma unidade. “Não entendi por que isso aconteceu. Minha tia é hipertensa e poderia ter morrido dentro de casa”, conta. Degmar, diante da negativa do Samu, ligou para o Corpo de Bombeiros e foi informada que o caso deveria ser atendido pelo Samu “Liguei de novo para o Samu e obtive a mesma negativa. Então, na segunda tentativa consegui convencer os bombeiros a irem ao Nova Esperança salvar minha tia”, relata a estudante.Conforme a estudante, quando os Bombeiros chegaram ao local, o cão enfurecido já tinha fugido. A vítima foi levada em uma viatura dos Bombeiros para o Pronto-Socorro Municipal, medicada e liberada. Degmar diz estar indignada com o Samu.“Preciso agradecer a atenção da guarnição dos Bombeiros com minha tia. Já o Samu, deve explicações”, reafirma. DesinformaçãoCoordenador do Samu em Ipatinga, o médico Norberto de Sá Neto atribui essa polêmica à desinformação. “Mordedura de cão não faz parte do atendimento do Samu, a não ser que a vítima corra risco de morrer em conseqüência de perfurações”, esclarece.Segundo o médico, em ataque de animais, a exemplo do caso ocorrido no bairro Nova Esperança, o correto é lavar as feridas com água e sabão e levar a vítima ao hospital. “Na ambulância do Samu não é possível fazer nada, a não ser a remoção”, complementa. Além disso, o médico alega que se tem cão solto após um ataque, o atendimento precisa ser feito pelos Bombeiros que, se necessário, abatem o animal. “Eles estão autorizados para isso e nós não temos nem condições de fazê-lo”, conclui.
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