12 de março, de 2008 | 00:00

Conselho e Pastoral da Juventude reivindicam ‘políticas públicas’


Conforme Natália Littig, o Conselho Municipal da Juventude irá atuar mais diretamente nas escolas
IPATINGA - Além das atividades promovidas pela UJS e o DCE do Unileste-MG, os estudantes da região passaram a contar com outras representações para defender seus interesses no campo acadêmico e em questões voltadas a outras esferas. Em fevereiro, foram empossados em Ipatinga os membros do Conselho Municipal da Juventude, com integrantes ligados a diversas entidades e organizações sociais. O objetivo é fazer com que os conselheiros - titulares e suplentes - se tornem agentes diretos na elaboração de políticas públicas, além de acompanhar ativamente a movimentação do poder público municipal.Segundo a conselheira Natália Littig, 23 anos, que representa os estudantes universitários no Conselho Municipal da Juventude, é importante que as atividades tenham um direcionamento específico para o ensino secundarista. “Quando cursava o segundo grau, tinha conhecimento de que existia a UNE, mas não sabia como recorrer à entidade, porque ela não atuava diretamente nas escolas. Esse distanciamento das entidades acabou por acentuar a falta de engajamento dos jovens. Então, um dos propósitos do Conselho é promover idas regulares às escolas para mostrar quais são as finalidades e como participar dos movimentos estudantis”, adiantou Natália, que também é estudante de Enfermagem e representante da UEE-MG.Engajamento Para o estudante de Psicologia, Adriano Mendes de Pinho, 19 anos, coordenador da Pastoral da Juventude de Ipatinga, é importante que haja uma troca de experiências entre as entidades mais engajadas e aquelas com pouco poder de mobilização. Adriano também integra o Conselho Municipal da Juventude, representando as entidades religiosas. Em relação ao trabalho desenvolvido pela pastoral, ele acredita que é essencial dar continuidade à formação de cidadãos engajados politicamente.
Fotos: Roberto Bertozi


Adriano Mendes: “o trabalho da Pastoral da Juventude também diz respeito às questões sociais”
“No contexto municipal, a pastoral exerceu um papel importante na formação de figuras atuantes de Ipatinga, como o documentarista e professor Sávio Tasso e os vereadores Agnaldo Bicalho e Lene Teixeira. Estes exemplos ilustram um pouco o caráter abrangente da pastoral, que se envolve não só em questões religiosas e espirituais, mas também com atividades focadas em questões sociais que fazem parte da nossa realidade”, ilustrou. Desconfiança Além das dificuldades para engajar os jovens em suas bandeiras de luta, as uniões estudantis também enfrentam o descrédito e a desconfiança de boa parte dos universitários. Conforme Natália Littig, o ambiente acadêmico da região não possui o mesmo nível de politização das universidades federais. “Nas federais, acompanhamos uma participação mais efetiva dos estudantes no debate político e também há uma diversidade maior de correntes políticas. Esta divergência de pensamentos enriquece os debates, o que infelizmente não acontece por aqui”, reconheceu a conselheira de Ipatinga, afirmando ainda que boa parte dos estudantes se preocupa principalmente em adquirir diploma e formar o mais rápido possível. “Além disso, muitos jovens vêem o trabalho dos diretórios acadêmicos com ceticismo. Para muitas pessoas, os movimentos estudantis são meros trampolins para a carreira política”, concluiu Natália Littig.  Roberto Sôlha
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