07 de março, de 2008 | 00:00

Molusco causa várias doenças

Caramujos africanos preocupam moradores do Novo Horizonte


Caramujo africano transmite uma série de doenças
TIMÓTEO – A desativada boate Hoffman, no bairro Novo Horizonte, volta a atormentar os moradores. A preocupação agora é com o caramujo africano, que tomou conta do espaço onde antes funcionava a boate. O problema foi identificado pela vigilância sanitária há 15 dias, depois que a ArcellorMittal ordenou a limpeza do terreno abandonado. A praga não foi eliminada, e os moluscos começaram a avançar em direção às casas ao redor. Vizinhos da antiga boate têm feito barreiras de cal nos muros que divisam com o estabelecimento, a fim de dificultar a invasão do molusco em suas casas. Porém, as chuvas características desse período do ano fazem com que a proteção seja constantemente desmanchada pelas águas. A espécie, cientificamente chamada de Achatina fulica, é transmissora de doenças como a angiostrongilíase meningoencefálica humana, que provoca dor de cabeça forte acompanhada de constante rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso. Já a Angiostrongilíase abdominal, também transmitida pelo molusco, causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal, cujos sintomas são dores abdominais, febre prolongada, anorexia e vômitos. “Os caramujos estão invadindo as casas. Tenho coletado os animais que encontro na tentativa de eliminar a praga, porém não sabemos qual a maneira correta de fazer esse procedimento. Precisamos da ajuda e orientação da Prefeitura e da vigilância sanitária, a área de epidemiologia especificamente, para o combate dessa infestação”, diz o aposentado Ernesto Gomes, morador do bairro.  A administração municipal informou, por meio de uma nota, que vai prosseguir com o trabalho de orientação de como eliminar a praga. No caso específico do bairro Novo Horizonte, irá realizar uma vistoria no local. ProcedimentoO uso de inseticidas para eliminar o caramujo é extremamente contra-indicado. Os moradores devem coletar os caramujos com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos, para evitar o contato da pele com a secreção dos animais. Eles devem ser colocados em sacos plásticos, esmagados e em seguida enterrados com cal virgem, para evitar a contaminação do solo e do lençol freático. Mais informações: Seção de Vigilância Epidemiológica e Controle de Zoonoses, na rua Gardênia, 41, no bairro Primavera.         Tânia Aparecida Balmant Paula, residente na rua 77, divide o muro de sua casa com o terreno da boate. Há uma semana ela foi à vigilância sanitária para fazer a ocorrência da infestação e pegar instruções de como eliminar e manter o molusco afastado. “O pessoal da vigilância disse que viria averiguar a situação, mas até agora ninguém apareceu por aqui. Mesmo tomando as medidas recomendadas, continuamos preocupados por causa das doenças que ele transmite”, afirma Tânia Balmant.
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