05 de março, de 2008 | 00:00

Prefeito esclarece projeto

Mudança de terminal urbano trará mais conforto aos passageiros

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Chico Simões fala sobre a Praça da Estação: valorização da história de Fabriciano
FABRICIANO – Oferecer mais praticidade e conforto aos usuários, facilitar o trabalho de motoristas e continuar sendo a única cidade do Vale do Aço a contar com o serviço de integração no transporte público. Essas são algumas das justificativas utilizadas pelo prefeito Chico Simões (PT) para a transferência e construção de um novo terminal do transporte coletivo em Coronel Fabriciano. A obra vai transferir a integração para a avenida Alberto Scharlet, próximo ao prédio do Senac.Conforme o prefeito, há muita informação “desencontrada” sobre a transferência da integração, principalmente entre os comerciantes que atuam próximo ao local. “O Terminal Rodoviário onde chegam os ônibus de linhas intermunicipais continua onde está. O que modifica é o lugar de paragem dos coletivos das linhas que servem ao município, aqueles que levam as pessoas do Centro para os bairros e vice-versa. Além do mais, mesmo com a integração passando a funcionar próximo ao Senac, vamos construir um ponto de embarque e desembarque ao lado da rodoviária, evitando que as pessoas tenham que caminhar até o novo local”, explica Simões. O investimento é R$ 350 mil, recurso do Ministério do Turismo com 20% de contrapartida do município.Na nova integração, serão construídos banheiros femininos e masculinos e um para portadores de necessidades especiais. Bebedouros estarão à disposição de todos os usuários do transporte coletivo, assim como televisores. Não será cobrada nenhuma taxa pelo serviço.O secretário de Obras e Meio Ambiente do município, Galba Gomes, ressalta também que será construído um ponto de apoio aos motoristas das empresas prestadoras do serviço em Fabriciano.AdequaçõesJá no espaço onde atualmente funciona a integração será erguida a Praça da Estação, local que servirá para manifestações populares, artísticas e culturais. “Vamos criar um lugar que falta em Fabriciano, com boa infra-estrutura, beleza e tranqüilidade. Haverá bancos, jardim, boa paisagem. A idéia é revitalizar o local”, adianta o prefeito.Com a construção da praça, a avenida Magalhães Pinto será menos utilizada em eventos de grande porte, como festas em comemoração ao aniversário da cidade, shows e demais manifestações. Ainda não se sabe se o tradicional desfile de Sete de Setembro continuará na avenida.O prefeito adianta ainda que vai conversar com lideranças religiosas para maior utilização da Praça da Bíblia, e não apenas em eventos religiosos conforme rege uma lei municipal. “A praça vai passar por ampliação nos próximos meses. Vamos criar uma área mais espaçosa, com mais acesso e iluminada. Com isso, vai ficar um ótimo local para grandes eventos sem ter que complicar o trânsito na Magalhães Pinto”, diz Simões, acrescentando que a praça terá vestiários, concha acústica fixa e um pequeno anfiteatro.

Joel Augusto teme ficar sem local para trabalhar
História valorizada com construção de praçaInaugurada em 8 de junho de 1924, a antiga praça da estação foi a primeira na região leste de Minas Gerais. O último trem da Companhia Vale do Rio Doce trafegou pelo local em 29 de janeiro de 1979, quase anos três antes de começar a ser demolida. “Nossa história deve ser valorizada e é obrigação dessa administração dar destaque às pessoas e locais que fizeram parte da construção da cidade”, ressalta o prefeito.O comerciante Joel Augusto, 48, acredita que é importante preservar a história municipal, mas que nenhuma indenização será suficiente para que ele deixe de trabalhar na atual área da integração. “O que é importante é o meu trabalho, e com a mudança de local ficará complicado ganhar a vida por esses lados”, ressalta o comerciante.Já Geisiane Lacerda, que trabalha na barraca da mãe, acredita que para os vendedores ambulantes a transferência não será prejudicial, mas aqueles que têm ponto fixo só têm a perder. “Estamos nos reunindo (os vendedores) para que alguma medida seja tomada em nosso benefício. Vamos esperar para ver o que acontece”, define a vendedora. O prefeito Chico Simões adiantou que não será permitido nenhum tipo de comercialização no local. A nova integração começa a ser utilizada em abril.
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