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05 de março, de 2008 | 00:00

Escola municipal com dificuldades

Funcionários ‘arregaçam a manga’ em escola

Bruno Jackson


Severo diz que o quadro de funcionários da E.M. Artur Bernardes está defasado
IPATINGA – A exemplo das escolas estaduais, a rede pública municipal também possui instituições muito procuradas por alunos de vários setores da cidade. A Escola Municipal Artur Bernardes, no bairro Canaã, é um exemplo. Atualmente, são cerca de 1.700 estudantes matriculados. A carência de vagas é grande, especialmente porque os alunos de escolas que não fazem parte do zoneamento da unidade insistem em requerer vagas na Artur Bernardes. “Temos alunos de vários bairros fora da nossa área de abrangência, como Vila Celeste, Bethânia e Jardim Panorama”, afirma José Raimundo Severo, agente administrativo da escola. É paradoxal mas, apesar de conceituada, uma das metas da direção da E.M. Artur Bernardes este ano é combater a evasão escolar, principalmente no período noturno. “Ano passado os alunos do noturno cursavam ensino médio por meio do programa Ciclos Avançados. Ficamos surpresos com a alta evasão. Cerca de 40% dos alunos deixaram a escola”, revela Severo. “Para combatermos este elevado índice, adotamos para o programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), em que os estudantes cursam duas séries em um único ano letivo”, completa. A E.M. Artur Bernardes possui ao todo 55 turmas (22 no matutino, 24 no vespertino e nove no noturno), com aulas de 1ª à 8ª série do ensino fundamental. DefasagemEmbora esteja enquadrada no rol de escolas com bom padrão de qualidade, a E.M. Artur Bernardes enfrenta dificuldades no seu quadro de funcionários, de acordo com José Raimundo Severo. “Há três anos estamos com defasagem de funcionários, na área de serviços gerais, setor administrativo e no quadro de professores. Por ser uma escola de grande porte, esta defasagem é prejudicial. Estamos arregaçando as mangas para dar conta da demanda de serviço”, admite Severo.
Wôlmer Ezequiel


Das janelas das salas da E.M. Nelcina Rosa é possível notar os buracos e a necessidade de pintura em algumas paredes
Reclamações também sobre infra-estruturaA dificuldade de encontrar vagas em escolas da rede municipal não é o único problema que chama a atenção em Ipatinga. Recentemente, o DIÁRIO DO AÇO recebeu o e-mail de um leitor reclamando da falta de infra-estrutura em algumas escolas municipais.Como exemplo, foi mencionada a E.M. Nelcina Rosa de Jesus, no bairro Veneza, que estaria com boa parte de mesas e carteiras estragada, com problemas nas paredes e com a pintura precária. A reportagem esteve no local e, embora não tenha tido a oportunidade de entrevistar a direção da escola, constatou que algumas reclamações não procedem. Contudo, foi possível notar buracos em paredes, ventiladores de teto estragados e a necessidade de pinturas.Alguns alunos da escola não poupam críticas. “Tem uma sala de computadores que foi inaugurada recentemente, mas não está funcionando. Além disso, algumas paredes estão com buracos e há vidros quebrados em algumas janelas”, contou Larissa Pereira de Souza, 14 anos, aluna da 8ª série. Bruna Luiza de Pinho Silva, 13 anos, endossa as insatisfações da colega. “Tem alguns ventiladores de teto parecendo que vão cair. Acho também que a escola precisa de uma pintura”.
Wôlmer Ezequiel


Roberley, com a filha Bruna na garupa: infra-estrutura precária
O pai de Bruna, o metalúrgico Roberley Cláudio Silva, 37 anos, que geralmente busca a filha na porta da escola, também falou com a reportagem. “Quando acaba a aula, aqui vira uma bagunça do lado de fora, e até brigas eu já presenciei. Além disso, como diz minha filha, tem muita coisa quebrada dentro da escola”, criticou.Outro lado A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ipatinga informou que as demandas de infra-estrutura das escolas municipais são atendidas dentro do possível. Segundo a assessoria, não chegou ao conhecimento da Secretaria de Educação nenhuma reclamação acerca de problemas na E.M. Nelcina Rosa. Com relação às mesas e carteiras, por exemplo, a informação da PMI é que poucas estão danificadas e, sempre que possível, é realizada manutenção ou substituição das mesmas.
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Comentários

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Priscila

29 de dezembro, 2023 | 09:19

“Ohhhh que pena. Estou formando e se Deus quiser quero contribuir com meu melhor”

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