05 de março, de 2008 | 00:00

Não há vagas para estudar

Alta demanda de alunos “sufoca” a rede estadual

Bruno Jackson


Elisabeth Anareli, da SRE, reconhece: Ipatinga enfrenta escassez de vagas em escolas estaduais
IPATINGA – O corre e corre de pais para matricular os filhos em escolas da rede pública estadual que julgam oferecer ensino de melhor qualidade nem sempre é retribuído. O DIÁRIO DO AÇO constatou que, pelo menos em Ipatinga, o número de vagas nas escolas mais visadas é altamente concorrido. A Escola Estadual João XXIII, no bairro Iguaçu, é um dos exemplos. A vice-diretora Regilene Torres da Silva Andrade avisa que todas as vagas são direcionadas apenas aos alunos de escolas que fazem parte do mesmo zoneamento da João XXIII. “Geralmente, não abrimos exceções fora do zoneamento. Mas, quando sobram vagas, determinamos uma data específica para outra oportunidade de matrícula, etapa realizada em janeiro”, diz a vice-diretora. Este dia especial de matrícula, inclusive, registra todos os anos uma cena comum em frente à E.E. João XXIII, quando centenas de pais e estudantes formam uma fila quilométrica na rua, em busca das vagas disponíveis. Segundo Regilene Andrade, a direção da escola já estuda uma forma de acabar com o incômodo. “É bom lembrar que a fila é formada e organizada por pais de alunos, a escola não tem qualquer interferência”, salienta, informando que a direção da escola está estudando uma maneira de solucionar o problema. “O padrão de qualidade do ensino da João XXIII é que deixa a escola entre as mais procuradas da cidade”, acredita a vice-diretora. A E.E. João XXIII possui turmas em período diurno e noturno, sendo que à noite funcionam os projetos “Minas Educar” e “Educação para Jovens e Adultos” (EJA). O primeiro contempla funcionários públicos do Estado que têm pouca escolaridade. O segundo funciona em sistema de supletivo, em que os alunos cursam duas séries do ensino regular em um único ano. No período diurno a E.E. João XXIII se dedica ao ensino regular.PlanejamentoNo intuito de minimizar os problemas de escassez de vagas de última hora na rede estadual, a Superintendência Regional de Ensino (SRE), em Coronel Fabriciano, sempre realiza um planejamento no mês de outubro. Elisabeth Anareli Pereira, diretora da SRE, confirma que em Ipatinga há grande dificuldade para atender toda a demanda de vagas. Prova disso é que, há cerca de duas semanas, a SRE foi obrigada a abrir mais uma turma na Escola Estadual do bairro Ideal. “Abrimos mais uma turma de 1º ano do ensino médio para alunos que estão chegando agora em Ipatinga e não encontraram vagas em outras escolas”, informa Elisabeth Pereira. A SRE em Fabriciano é responsável por 11 municípios na região: Ipatinga, Timóteo, Santana do Paraíso, Fabriciano, Braúnas, Joanésia, Mesquita, Belo Oriente, Marliéria, Jaguaraçu e Antônio Dias. Escolas receberam recursos em 2007O ano de 2007 foi marcado pela seqüência de investimentos na infra-estrutura de escolas da rede pública estadual, na região metropolitana do Vale do Aço. Em Coronel Fabriciano, por exemplo, as escolas Pedro Calmon e Alberto Geovanini receberam recursos na faixa de R$ 200 mil para complemento de reformas gerais. O mesmo aconteceu em Timóteo, nas escolas João Cota, Antônio Silva e José Luciano (esta última recebeu reforma parcial). A informação é da diretora da Superintendência Regional de Ensino (SRE), Elisabeth Anareli Pereira.Em Ipatinga, os investimentos também alcançaram proporções significativas. Uma das referências é a E.E. João Valmick, no bairro Vila Ipanema, que recebeu R$ 280 mil para reforma geral e, posteriormente, mais R$ 180 mil para reforma da quadra. Conforme Elisabeth Pereira, a SRE atende às mais diversas necessidades de infra-estrutura das escolas, como rede elétrica, telhado, rede hidráulica, banheiros e quadras, entre outras.Bruno Jackson
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