02 de março, de 2008 | 00:00

Negociação em andamento

Rodoviários reivindicam cinco salários mínimos para motoristas

CORONEL FABRICIANO - A campanha salarial dos trabalhadores rodoviários está marcada pelo impasse. Participam da negociação representantes das empresas do transporte intermunicipal de passageiros e do transporte urbano. Com data-base em 31 de março, os rodoviários querem avanços na contraproposta de correção salarial e cláusulas sociais. Após duas rodadas de negociação em Belo Horizonte, com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindpas), a única garantia é a da data-base e um calendário que prevê reunião semanal toda quinta-feira, em Belo Horizonte.No Vale do Aço, também haverá reuniões de negociação com as empresas Acaiaca, em Coronel Fabriciano, e Autotrans, concessionária do transporte urbano em Ipatinga e Timóteo. A Autotrans também atua em Fabriciano após adquirir a Múltipla.O presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sinttrocel), José Célio Alvarenga, confirma que até agora não houve qualquer acordo. No caso das empresas intermunicipais, entre elas a Viação Presidente, Rio Doce, Saritur, Marli e São Dimas, não houve acordo na última rodada de negociação, sexta-feira, na sede do Sindipas, em Belo Horizonte. Sem evolução nas cláusulas sociais ou econômicas, os rodoviários pontuaram as reivindicações e aguardam nova contraproposta na próxima reunião, prevista para acontecer quarta-feira que vem, na sede do Sinpas. “Todas as reivindicações foram negadas. Analisamos as ponderações das empresas e voltaremos à negociação na próxima quarta-feira”, diz o sindicalista.UrbanosJá em relação às empresas do transporte urbano de passageiros, a próxima rodada de negociação está prevista para amanhã, segunda-feira, em Coronel Fabriciano. O presidente do Sinttrocel, José Célio Alvarenga, espera que, nesta reunião, os representantes das empresas de ônibus apresentem nova contraproposta. “Já apresentamos as reivindicações da categoria, para que possam ser avaliadas pelas empresas. Vamos conhecer agora a contraproposta”, explica.A pauta dos rodoviários, tanto das empresas intermunicipais quanto urbanas contempla reivindicações sociais e econômicas. Os trabalhadores do setor querem melhorias nos planos de saúde e odontológico. Reivindicam aumento no auxílio alimentação, que hoje é de R$ 147 mensais e o passe livre. Nos itens econômicos, rodoviários querem garantia do piso mínimo equivalente a cinco salários mínimos (R$ 2.075). Reajuste proporcional para trocadores, mecânicos e pessoal do administrativo, além do avanço na participação nos lucros. “O mesmo reajuste que for aplicado nos salários dos motoristas deverá ser aplicado nos salários dos demais empregados do setor”, conclui o sindicalista.