29 de janeiro, de 2008 | 00:00

Infrações de trânsito vão pesar no bolso do condutor

Roberto Bertozi


Nos centros das três maiores cidades do Vale do Aço, cenas como essa fazem parte do cotidiano
FABRICIANO – O Ministério da Justiça planeja aumentar o valor das multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro. A proporção, especulada em até 70% dos valores atuais, ainda não foi definida pelo Ministério, responsável pela elaboração do projeto de lei específico. Não há prazo para divulgação dos valores.O projeto tem o intuito de inibir os abusos que causam as tragédias nas ruas e estradas. Essa não é a única medida. Junto dela estão a já anunciada proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais a partir de 1º fevereiro (matéria publicada na edição do DA de 27/01/08) e a regulamentação do descanso dos motoristas de ônibus e caminhões. No caso da regulamentação das multas, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) foi convidado para auxiliar o ministério na elaboração do texto.Prefeito de uma das cidades que conta com a Junta Administrativa de Recursos e Infrações (Jari) bastante ativa, devido à forte presença de radares eletrônicos em Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT) acredita que a medida do governo vai ser importante para coibir as infrações.“Quando as pessoas sentem no bolso o peso das infrações, em muitos casos acabam deixando de cometê-las. É uma pena que, mesmo com todas as campanhas educativas realizadas no Brasil, os índices de multas continuem elevados”, diz Simões. Só para se ter uma idéia, em Coronel Fabriciano, de outubro do ano passado até o dia 24 de janeiro, foram autuados 318 motoristas. Na maioria dos casos, estacionar na contramão, em fila dupla e em local proibido, circular sem o cinto de segurança e parar o carro sobre a faixa de pedestres, são os abusos mais comuns.“Enquanto os motoristas não se conscientizarem, esses tipos de autuações vão continuar fazendo parte do nosso cotidiano”, acredita o prefeito de Fabriciano.MudançaO projeto pretende ainda tornar mais severa a legislação de trânsito. O nível de álcool permitido no sangue seria menor. Hoje, é de seis decigramas por litro de sangue. Passaria para dois decigramas de álcool por litro de sangue.Já as multas, que são balizadas de acordo com o critério no qual a infração se encaixa: leve, média, grave ou gravíssima, sofreriam reajuste de aproximadamente de 70%, uma vez que os valores estão congelados desde 2000. Daquele ano até dezembro de 2007, a inflação oficial do Brasil, no âmbito do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acumulou essa percentagem.
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