23 de janeiro, de 2008 | 00:00

Vereador espera se livrar de processo por infidelidade

Alex Ferreira


Vereador ameaçado diz que saiu do PSDB porque o partido foi “desmontado”
IPATINGA – Com um pedido de perda de mandato em tramitação no Tribunal Regional Eleitoral, por mudança de partido sem justificativa após 27 de março, o vereador Lauro Botelho mantém o discurso de que está tranqüilo em relação a sua situação. Em 30 de setembro passado Botelho deixou o PSDB, partido pelo qual foi eleito em 2004, e se filiou ao PMDB.Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO ontem à tarde, o vereador, que aguarda ser notificado pelo juiz interino da 131ª Zona Eleitoral de Ipatinga, Fábio Torres, reafirma a expectativa de se livrar da perda do mandato. O processo contra Lauro Botelho foi movido pelo suplente do PSDB, seu antigo partido, Otarcízio José Dutra, com base nos termos do artigo 12 da Resolução 22.610/2007 do TSE, que abriu oportunidade para a cassação dos mandatos dos vereadores que mudaram de partido após 27 de março de 2007. Lauro Botelho afirma que, entre as razões que o fizeram deixar o PSDB, está o fato de o partido ter se esfacelado em Ipatinga. “O partido praticamente acabou. Todos os pré-candidatos se retiraram do PSDB, a maioria das lideranças saiu e houve, portanto, um enfraquecimento geral no partido. Não ficou praticamente ninguém. Nem os 11 suplentes abaixo do Otarcízio permaneceram”, explica o vereador. Ainda segundo Botelho, houve episódios de discriminação de sua pessoa junto à direção do PSDB. “Diante desse quadro, não havia como permanecer nos quadros tucanos em Ipatinga”, justifica. Para o vereador Lauro Botelho, o desmonte do PSDB em Ipatinga começou no ano passado, quando faltou entendimento na direção partidária para realizar a convenção. “Autorizou a convenção em julho passado e depois cancelou o evento sem motivo aparente. Forças ocultas agiram lá, não se sabe com quais interesses para determinar o cancelamento. Então, o partido ficou desgovernado, dependente de decisões emanadas de Belo Horizonte. Eu  ainda tentei pegar a direção do partido, mas nem resposta recebi. Então, não tive alternativa a não ser sair do PSDB dia 30 de setembro de 2007 e no dia dois de outubro entrar para o PMDB”, conclui Lauro Botelho.Ex-petista processadoTambém alvo de processo de perda de mandato por infidelidade partidária, o vereador Altair Vilar, que deixou o PT e foi para o PSB, já foi comunicado por meio de Carta de Ordem, expedida pelo relator do processo no TRE, juiz Renato Martins Prates. No ofício, consta a data da audiência em que serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo vereador acusado: Maria Luzia, Joaquim Caetano e Juarez Maria, integrantes dos quadros do Partido dos Trabalhadores. Eles serão ouvidos no próximo dia 28, às 15h, pelo juiz da 130ª Zona Eleitoral, Otávio Pinheiro da Silva. A Justiça Eleitoral também já solicitou à defesa de Vilar provas das alegações de que a mudança de partido foi motivada pelas apurações, por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), montada na Câmara de Ipatinga, que apontaram o envolvimento de administradores petistas em atos de irregularidades.
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