23 de janeiro, de 2008 | 00:00

Cebus comemora “parto” de jibóias em cativeiro


A jibóia mãe deu cria a nove filhotes: quarta experiência bem-sucedida
IPATINGA – Pela quarta vez, o Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) comemora a reprodução e o nascimento em cativeiro de filhotes de jibóia, uma espécie de serpente não peçonhenta ainda presente nos campos e florestas brasileiras. Agora, o nascimento dos nove filhotes envolveu algumas curiosidades, já que a espécie é ovovivípara, ou seja, é um animal cujo ovo é incubado no interior do corpo materno sem, no entanto, nutrir-se à custa desse organismo. As fêmeas põem ovos ou dão à luz filhotes completamente maduros para enfrentar a vida de forma independente. Os ovos são formados dentro dos ovidutos da cobra e não existe placenta, comum nos mamíferos. A incubação dura em média de cinco a seis meses.O “parto” (oviposição) foi acompanhado por um veterinário e um tratador, que tiveram que fazer algumas intervenções no sentido de ajudar a romper a membrana que envolvia cada filhote, sob o olhar nervoso da mãe. Espertos, os filhotes já colocam a língua para fora explorando o ambiente do berçário. Eles receberão a primeira alimentação (filhotes de camundongos) apenas daqui a alguns dias. Este período exige diversos cuidados para evitar problemas intestinais (constipação) e enfermidades respiratórias.MaturidadeDe acordo com o veterinário Lélio Costa e Silva, as cobras atingem a maturidade entre os 2 e 4 anos de idade e têm uma expectativa de vida de 20 a 30 anos. “Mas o maior desafio de todas as jibóias é enfrentar o preconceito e o medo das pessoas. Como todo animal, as cobras também fazem parte das cadeias alimentares e sua ausência, com certeza, irá produzir algum dano ao ambiente”, alertou.
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