19 de janeiro, de 2008 | 00:00

Mel espera fim do embargo europeu

Aapivale aguarda mudança de postura do Ministério da Agricultura

Roberto Bertozi


Antônio Rolla está confiante na mudança de postura na União Européia
IPATINGA – Uma visita de empresários alemães ao Vale do Aço após o carnaval pode ser um sinal para que a União Européia coloque fim ao embargo ao mel brasileiro. Conforme o gerente administrativo da Associação Regional de Apicultores e Exportadores do Vale do Aço (Aapivale), Antônio Rolla, deve entrar na pauta de negociações do Ministério da Agricultura, em fevereiro, a atual situação do produto nacional.“É uma coisa que a gente sempre esperou. Nos ajustamos às normas internacionais, mantivemos a produção, mas deixamos de arrecadar mais devido a uma série de fatores, como dólar baixo e os Estados Unidos pagando pouco pelo produto”, diz Rolla.Quando a União Européia anunciou o embargo ao mel brasileiro, em fevereiro de 2006, os membros da Aapivale ficaram em dúvida sobre qual seria o caminho menos drástico a seguir.Ao perceber as exigências do mercado externo, os 64 apicultores ativos da Aapivale, situada no bairro Forquilha, em Ipatinga, decidiram partir em busca da certificação orgânica.“Esse selo é uma garantia de adequação às normas internacionais, que vão desde a higiene, rastreabilidade de todo o processo, produção, armazenamento, até a distribuição e consumo. Seria como se fosse o ISO do mel, utilização de novas tecnologias. Tudo isso para que nosso produto tivesse aceitação no mercado internacional”, explica o gerente da Aapivale.ParceirosComo resultado desse esforço, que teve como parceiros diversos profissionais da Emater-MG na região Leste, os produtores se tornaram aptos a  entrar num mercado competitivo. “O mel orgânico facilitou muitas coisas, mas elevar o preço foi complicado. É a lei da oferta e da procura. Com os Estados Unidos regulando o preço, não tem como arrecadar muito”, destaca Rolla, acreditando que parte do mel vai fazer uma “ponte” na América antes de seguir para a própria UE.“O potencial para o mel orgânico que a região tem, devido às áreas de mata nativa existentes e aos programas de reflorestamentos, foi um dos fatores que facilitaram a comercialização”, acrescenta.
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