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10 de janeiro, de 2008 | 00:00

Modernização beneficia consumidor

Técnicas modernas prometem diversificar a panificação regional

Augusto Pascoal


Para Gonçalves, investimentos garantiram sobrevivência das padarias
IPATINGA - Empresários e lideranças políticas compareceram na noite de terça-feira, 8, à solenidade de inauguração do Núcleo de Panificação Edson Gonçalves de Sales. O evento também marcou a posse da nova diretoria do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Alimentação, Panificação, Confeitaria e de Massas Alimentícias do Vale do Aço (Sinpava). A escola, localizada na unidade do Sesi/Senai do bairro Veneza I, promete dar novo vigor ao setor no Vale do Aço, onde existem cerca de 190 padarias. A nova escola, com 180 metros quadrados, é a maior do interior do Estado, dimensionada para atender a 45 alunos, divididos em três turnos diários. A estrutura também irá permitir uma abrangência maior de cursos, que serão ministrados nas categorias de aperfeiçoamento, aprendizagem industrial e qualificação. Antes, o curso para panificadores era disponibilizado no Sesi da Vila Ipanema, e oferecia vagas apenas para seis pessoas. Na avaliação do novo presidente do Sinpava, Aloísio Pinto dos Santos, a escola irá contribuir para que os produtos ganhem qualidade e cheguem ao consumidor com maior diversidade. Para o novo dirigente, cujo mandato vai até 2010, o sindicato terá vários desafios. “Atualmente, o número de associados ao Sinpava é menos que a metade dos panificadores existentes na região. Queremos aumentar a adesão e proporcionar à categoria os benefícios que lhe são de direito, como o acesso a cursos, palestras e às novas tecnologias do mercado. Ao mesmo tempo, a diretoria assume este novo mandato em um momento muito peculiar e que promete suprir carências do setor de panificação.A dificuldade em conseguir profissionais qualificados é uma realidade que promete ser transformada a partir desta escola de panificação do Senai. É uma necessidade premente para atender a consumidores cada vez mais exigentes e com anseio por novidades”, disse Aloísio dos Santos. O brasileiro consome 32 quilos de pão anualmente, atrás de países menores da América do Sul, como Argentina e Chile.      QualidadeConforme Edson Gonçalves de Sales, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e homenageado com o nome do núcleo, o mercado regional ganhará potencialidades diversas com uma moderna escola de panificação. “No Sistema Fiemg, temos 10 regiões sindicalizadas e nove delas possuem escolas de panificação. Na gestão atual, investimos muito na implementação de ações para fomentar a panificação. Abrimos vários centros de capacitação e contratamos técnicos franceses para cursos de confeitaria do Senai. Essas ações foram feitas em conjunto com outros projetos para atender a uma nova mentalidade. Hoje, as padarias não se atêm somente à fabricação e comercialização de pães franceses e se tornaram lojas de conveniência. Paralelamente, a formação de padeiros foi progredindo bastante, tanto é que hoje existem cursos com quatro anos de duração, em que o aluno aprende noções de matemática, língua estrangeira, higiene, nutrição, eletricidade, enfim, aprende como as coisas realmente devem ser feitas”, disse Gonçalves. Na avaliação do vice-presidente da Fiemg, os investimentos na panificação foram responsáveis pela resistência das padarias frente aos supermercados. Conforme Gonçalves, Minas Gerais é um dos Estados que mais se destaca no setor de panificação porque as padarias procuraram sua sobrevivência, principalmente em função da sindicalização dos empresários e a realização de cursos de reciclagem e qualificação oferecidos à categoria.“A nossa realidade difere da maioria dos outros Estados do país. A maioria das regiões não dispõe de escolas de panificação, ou seja, não há investimento. Cada região mineira possui seu núcleo de capacitação. Conseqüentemente, isso nos torna referência nacional”, pontuou.
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