09 de janeiro, de 2008 | 00:00

Auto-escolas podem ter reajuste de 9%

Além de crescer as taxas em 6,1%, Estado propõe mais aumento

Roberto Bertozi


O gerente de auto-escola, Hermelindo Dias: concorrência evita preços abusivos
IPATINGA – O elevado número de Centro de Formação de Condutores em Ipatinga e a alta concorrência devem ser os fatores que vão impedir o aumento de 9% proposto para acontecer no dia 14. Os valores incidiriam sobre as aulas teóricas, práticas e no exame de direção. Já estaria incluso também o aluguel do carro para retirada de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com exceção do exame de aptidão física e avaliação psicológica, que são realizados em Ipatinga por uma única clínica conveniada ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), as demais taxas cobradas pelo órgão foram reajustadas.O aumento nos serviços prestados pelos CFCs vem após o Governo do Estado anunciar reajuste de 6,1% em algumas taxas cobradas na emissão da carteira de habilitação, ocorrido no dia 1º de janeiro. Agora, os candidatos a motoristas terão que pagar pelo menos R$ 50 a mais para obter o documento.Repasse“Os valores são elevados, mas é uma decisão do governo estadual e não se pode fugir disso. Em relação ao reajuste proposto para as auto-escolas, não sei ainda como fica. Pelo menos até abril vamos continuar mantendo os nossos preços e ver o que acontece. Tirar carteira já é caro e não se pode repassar tudo ao candidato”, explicou Hermelindo Dias Santos, gerente administrativo do CFC Edna, em Ipatinga. Por enquanto, nas auto-escolas, o valor para retirada de CNH varia entre R$ 815 a R$ 825.
Roberto Bertozi


Tirar carteira em Minas Gerais sem nenhuma reprovação em exames leva candidato a desemboldar mais de R$ 900
Os reajustes propostos de 9% vão incidir nas taxas de inscrição para habilitação, legislação (prova teórica) e direção (prova prática), além da licença de aprendizagem necessária para que o inabilitado possa circular com o veículo pelas vias.ReajusteAlguns proprietários de Centro de Formação de Condutores acreditam ser muito difícil evitar o reajuste na tabela. Por mais que a concorrência seja elevada, existem os gastos dos CFCs com funcionários, impostos, carros e insumos, entre outros, “tornando impossível não haver repasse para os candidatos”. “O negócio é agir dentro da lei e, nesse caso, o reajuste de 9% foi proposto pelo Governo do Estado”, disse um proprietário de auto-escola.Com isso, os valores cobrados vão variar entre os CFCs mas, ao que tudo indica, o valor médio das 15 aulas de direção mínimas exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que hoje está em R$ 335, passaria, com o reajuste, para R$ 365,15. As 30 horas/aula de legislação mínimas exigidas pelo CTB passariam de R$ 80 para R$ 87,20, e de R$ 70 para R$ 76,30 o aluguel do veículo.ProcuraMesmo com os altos valores cobrados para a retirada de Carteira Nacional de Habilitação, a procura deve permanecer grande. Isso porque, na avaliação do gerente Hermelindo Dias, CNH hoje passou a ser uma necessidade. “Na busca por determinado emprego, quem é habilitado acaba saindo na frente”, avaliou. No ano passado 1,2 milhão de carteiras de motorista foram emitidas no Estado, quase 105 mil a mais do que em 2006.
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