05 de janeiro, de 2008 | 00:00

Falta de consciência deixa o bairro Forquilha na seca

Roberto Bertozi


Falta água em várias casas no Forquilha: Copasa ainda espera decisão da PMI para operar no bairro
IPATINGA - Mais uma vez, parte dos moradores do bairro Forquilha está sem água. Mesmo sendo uma realidade antiga na comunidade, desta vez a falta do bem acontece após a verificação de diversos pontos de desperdício. A denúncia é do presidente da Associação dos Moradores do Bairro Forquilha (Ambaf), Márcio Vieira, que, após receber reclamações de parte dos moradores, resolveu verificar o cenário em que se dava o uso de água na comunidade. “O que se percebe é um abuso. Pessoas usando água para lavar carros, calçadas, encher piscinas, poços artesianos e, em conseqüência disso, muita gente fica sem ter o que beber”, desabafou Vieira.Isso acontece porque a Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais (Copasa) não opera no bairro. A comunidade não tem água tratada e a rede de esgoto ainda não abrange toda a localidade. Mesmo com a água “brotando” na terra, nem toda a população conta com ela. “A água consumida pelos moradores vem de uma nascente (do córrego Forquilha), uma área de preservação ambiental que conta ainda com duas barragens, de onde a água é canalizada e bombeada para um grande reservatório. Dali, o produto vai para as caixas d’água das casas, sem tratamento, cloração ou filtração”, explicou o presidente da Ambaf. A Copasa não opera na distribuição, sendo responsável por toda a rede esgoto do bairro.ConsciênciaDevido a essa situação, de acordo com Mário Vieira, seria preciso que todos os moradores agissem com bom senso e usassem a água apenas para o consumo e as necessidades básicas, como tomar banho, lavar utensílios domésticos, roupas, entre outros. “Enquanto não houver uma situação definitiva sobre nosso bairro, tem que ser assim. Caso contrário, vai ser sempre como acontece nessa semana: falta de água e dificuldade para grande parte dos moradores”, salientou Márcio Vieira.Para o presidente da associação, a situação irregular da água no bairro tem trazido problemas para a população, principalmente quando falta água em algumas casas em detrimento de um maior consumo em outras. “A água não pára de nascer, mas a distribuição às vezes fica precária. É preciso conscientizar a população para o racionamento, para que não falte esse bem precioso”, acrescentou Vieira.AdesãoConforme o gerente regional da Copasa, Franklin Mendonça, é preciso que todo o bairro opte pela adesão ao serviço da empresa estatal. Ele explica que a Copasa só irá operar no bairro caso consiga a exclusividade da distribuição e, para que isso aconteça, é preciso que a atual Administração Municipal transfira a responsabilidade para a empresa. Caso comece a operar no Forquilha, a Copasa promete construir redes de esgotamento que acabariam com o grave problema de abastecimento no bairro.
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