22 de dezembro, de 2007 | 00:00

Protesto vazio e críticas ao DA

Estudantes apreensivos com a reestruturação no Unileste-MG

Wôlmer Ezequiel


Estudantes querem entender efeitos das mudanças em centro universitário
CORONEL FABRICIANO - Mensalidades, qualidade dos cursos, novos professores, horários diferenciados, nova grade curricular. As férias para alguns dos milhares de estudantes do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), em vez do merecido descanso, aumentaram a  preocupação em relação a 2008. Detalhes das mudanças implementadas pela instituição só serão conhecidos na volta às aulas, entre elas os novos valores das mensalidades. Na reforma determinada pelo Ministério da Educação, também houve “balanceamento” nos valores cobrados em cada disciplina, conforme explica a reitoria. As adequações são obrigatórias em todo o país. As instituições têm até o fim de 2009 para se adaptarem, mas no Unileste foram antecipadas para 2008.O conhecimento prévio de alguns efeitos da mudança levou um grupo de estudantes a organizar um apitaço na quinta-feira, quando reivindicaram a presença do coordenador do curso de Sistemas de Informação, para que explicasse alterações e esclarecesse dúvidas que surgiram na hora da matrícula. Apesar desse clima de apreensão, menos de 20 alunos se postaram perto da sala onde era feita a renovação de matrícula. O estudante do sétimo período, Jorge Ramalho, informou que o principal objetivo de sua presença na manifestação era exigir explicações sobre o aumento na sua mensalidade. “Se reduziram carga horária, demitiram professores experientes, então por que a minha mensalidade aumentou?”, questionava.Outro estudante, André Fagundes, se dizia preocupado com a demissão de professores conceituados. “Não basta a instituição ter nome, o que vale é a competência do aluno, desde que ele conte com professores competentes para ensinar. Claro que os recém-formados não têm condições de assegurar a qualidade do ensino”, reclama.Afora os alunos do Sistemas de Informação, havia dois estudantes do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Aline de Almeida Cota e Wagner Crepaldi, ambos do oitavo período, reclamavam da fusão de disciplinas. “Com isso eu terei que rever uma disciplina que já fiz e pela qual já paguei. Não acho justo isso e quero uma solução”, alegava Aline. Já o colega de sala, Wagner, disse que faltaram informações sobre a alteração na carga horária e a relação que essa mudança teria com as mensalidades. “Se vai cair o número de horas de aula, então haverá mensalidade menor?”, indagava.Na manifestação, estudantes também criticaram os seus representantes. “Este ato aqui é um grão de areia diante de tudo o que está acontecendo, mas é de iniciativa nossa. O nosso Diretório Acadêmico simplesmente sumiu, não nos apoiou até agora, não nos defendeu. DA hoje só serve para fazer festa”, disparou um dos universitários. Alex Ferreira
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