18 de dezembro, de 2007 | 00:00

PARA-SAR treina em Ipatinga

Infra-estrutura e clima favoráveis trazem esquadrão da FAB ao Vale do Aço

IPATINGA - Um grupo composto por 27 militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), da Força Aérea Brasileira, faz treinamento no Vale do Aço desde domingo. As operações vão continuar até a próxima sexta-feira, 21. O grupo chegou sábado passado, vindo da Base Aérea dos Afonsos, Rio Janeiro, onde fica a sede do PARA-SAR. Já no domingo foram feitos os primeiros saltos, programados para ocorrerem durante toda a semana. O morador do Vale do Aço pode ver de longe os saltos que são feitos em grande altitude ao longo do dia. O alvo para o pouso dos pára-quedistas fica dentro da área do aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso.O major Josoé dos Santos Lubas explica que o exercício em Ipatinga vai permitir a conclusão do curso de formação de pára-quedista militar em salto livre, adestramento de salto, navegação com pára-quedas e pouso de precisão, adestramento de lançamento livre e adestramento em dobragem de pára-quedas. A escolha do Aeroporto da Usiminas, explica o major Lubas, é por causa do reduzido movimento aéreo, clima e altitude favoráveis e apoio tanto do município de Ipatinga, que assegura transporte terrestre e ambulância, quanto pela estrutura do aeroporto da Usiminas em Santana do Paraíso, cedido para dar sustentação ao treinamento.O que é o PARA-SARCriado em 20 de novembro de 1963, o PARA-SAR é uma unidade de operações especiais e de busca e resgate da Força Aérea Brasileira. Entre os trabalhos mais recentes do grupo, o major Lubas conta que está o acidente com o avião da Gol, ocorrido em 29 de setembro de 2006. No acidente, o avião, que transportava 149 passageiros e seis tripulantes, caiu em uma sexta-feira à tarde após ter sido atingido por um jato particular enquanto sobrevoava o Estado do Mato Grosso. O jato fez pouso de emergência na base aérea de Serra do Cachimbo, mas o avião da Gol caiu na floresta. No acidente morreram todos os ocupantes. “Nós fizemos o resgate dos corpos das vítimas. Os mesmos homens que trabalharam lá estão aqui, fazendo esse treinamento. Isso é importante para buscas, resgates e operações especiais, as missões que a gente recebe da Força Aérea e cumpre sem restrições. Somos um esquadrão especializado em operações especiais”, diz o oficial. O PARA-SAR só existe no Rio de Janeiro, mas Lubas explica que o esquadrão tem condições de se deslocar para qualquer ponto do Brasil. “Dependendo da missão, como foi o caso do acidente do avião da Gol, a gente se deslocou à noite e, no dia seguinte, pela manhã, já estava no local do acidente”.Além do treinamento em Ipatinga, o PARA-SAR também atua em treinamentos em Ponta Porã e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Pirassununga, em São Paulo, e Rezende, no Rio de Janeiro. Alex Ferreira