05 de dezembro, de 2007 | 00:00

Sindicato rural prepara cursos

Em uma região marcada pela industrialização a agropecuária sobrevive

[imagem3225]IPATINGA - O Sindicato dos Produtores Rurais de Ipatinga (Sindipri) já preparou a programação de cursos dos quatro primeiros meses de 2008. Localizado em Ipatinga e com abrangência por outros seis municípios - Mesquita, Joanésia, Santana do Paraíso, Iapu, Coronel Fabriciano e Inhapim -, o Sindipri é vinculado à Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg); à Confederação Nacional da Agricultura e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A sua principal atuação atualmente, conta o presidente José Eudes Chaves Gandra, é promover treinamento e qualificação do homem do campo para enfrentar o mercado. “Essa é uma exigência que o próprio Ministério do Trabalho tem cobrado das entidades que representam os produtores rurais”, explica José Eudes. Os sindicatos patronais dos produtores rurais, segundo José Eudes, são as representações locais das entidades como a Faemg, Senar e CNA. O sistema é mantido com as contribuições anuais pagas obrigatoriamente pelos produtores rurais. Eudes adverte que todo produtor rural que tenha mais de 20 hectares é obrigado a contribuir.  “O imposto a ser pago é variável, de acordo com o tamanho da propriedade rural. No Vale do Aço, valores variam entre R$ 12 e R$ 170”. O prazo para pagar o imposto sindical rural é 22 de maio e a cobrança é feita por meio de boletos enviados pela CNA. Após a primeira tentativa “amigável” de recebimento, a CNA envia novos comunicados e propõe acordo. O secretário executivo do Sindipri, Jozian Miranda Chaves, explica: “Na sede do Sindipri, no Horto, podemos emitir guias atualizadas para o pagamento. O desconto nas multas pode chegar a 50%”.Cursos gratuitosDa arrecadação apurada pela Confederação Nacional da Agricultura com o imposto sindical, 60% são destinados aos sindicatos rurais da base da arrecadação. José Eudes explica que a entidade pode gastar 20% com despesas próprias e outros 40% no desenvolvimento de projetos e cursos. Neste sentido, Jozian explica que, para 2008, já estão programados: Curso de Artesanato em Palha de Bananeira, a ser devolvido em Pedra Branca; Piscicultura, em local a ser definido; Corte e Costura, que pode ir para Fabriciano, Mesquita ou Iapu; e o curso de Vaqueiro e Alimentação de Bovinos, que será aplicado em Mesquita. As inscrições são gratuitas e, quando forem abertas, podem ser feitas na sede do Sindipri, no Horto, em Ipatinga, ou nas entidades associadas em cada município. A programação de 2007 foi encerrada com o balanço que aponta a realização de 24 cursos. Dentre os de maior destaque, Jozian cita dois treinamentos para a produção de derivados do leite, no Naque e em Iapu. “Foi um treinamento voltado para a agricultura familiar, em que foram ensinadas técnicas para a produção de queijos, doces e iogurte em regime familiar”, explica. Também constam da relação de cursos com aproveitamento amplo: Cursos de Padaria, ministrado em Fabriciano; Vaqueiro e Alimentação de Gado, em Iapu; Corte e Costura, em Coronel Fabriciano e Mesquita;  Piscicultura, no Naque; Fruticultura, em Iapu; e Administração de Propriedades em Regime de Economia Familiar, no povoado de Cocais dos Arruda, em Fabriciano. Mais estragos causados por situação atípicaHá quase sete meses sem chuva, o Vale do Aço padece, este ano, com um período de baixa umidade relativa do ar, o que faz elevar ainda mais a sensação de calor. A situação climática atípica pela escassez de chuva em pleno mês de dezembro leva os produtores a contabilizarem os prejuízos. O presidente do Sindicato dos Produtos Rurais de Ipatinga, José Eudes, conta que na região de Iapu, Inhapim e Bugre, toda a florada do café “abortou”, o que vai prejudicar a safra 2008.Para quem trabalha com a pecuária a situação é ainda mais alarmante. O secretário executivo do Sindipri, Jozian Chaves, conta que os pecuaristas não estavam preparados o suficiente para enfrentar um período tão escaldante. “São poucas as pessoas que dominam técnicas de silagem e fenação para enfrentar períodos críticos como esse. Além disso, secas mais prolongadas demandam plantio de capineiras e cana-de-açúcar, remanejamento de pastagem e outros procedimentos. É por isso que nos cursos que oferecemos é oferecido o conhecimento para que o produtor rural saiba enfrentar diferentes cenários, seja com a seca, excesso de chuva, frio ou calor”, alerta.
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