30 de novembro, de 2007 | 00:00

Rede Smart chega a 24 supermercados

Pequenos varejistas da região se protegem do avanço das mega-redes

IPATINGA - Desde ontem, 24 supermercados da região metropolitana do Vale do Aço e das cidades de Caratinga, Santa Rita de Minas e São Sebastião do Anta, passaram a integrar a Rede Smart, que possui 936 lojas associadas em todo o Brasil. A rede é a quarta maior do país e a maior de Minas Gerais no ramo do associativismo. Criada pelo Sistema Integrado Martins, de São Paulo, a Smart nasceu em 2000, no Triângulo Mineiro, com apenas 35 lojas.O escritório da Smart na região, localizado na avenida JK, 1.130, bairro Jardim Panorama, já está funcionando. Na manhã de ontem, o gerente de Relacionamento, Ismael Carrijo, concedeu coletiva de imprensa no Panorama Tower Hotel, bairro Iguaçu, para falar sobre a inserção da rede na região. Das quatro cidades-pólo do Vale do Aço se associaram 13 lojas. Em Coronel Fabriciano: Supermercado Valadares (Geovanini, Sílvio Pereira I e Santa Cruz), Mercado Floresta (Floresta), Supermercado Bela Vista (Bela Vista) e Cinco Irmãos (Mangueiras); em Ipatinga: Supermercado Ipa Frutas (Veneza II), Supermercado Odelot (Panorama), Varejão Batista (Vila Celeste), Sacolão Ki Preço (Canaã), Supermercado Vieira (Veneza I) e O Megabom (Caravelas); em Santana do Paraíso: Supermercado Araújo (Centro); e em Timóteo: Supermercado Prolar (Limoeiro) e Supermercado Teixeirão (Primavera). A logística da Rede Smart é se associar ao pequeno e médio varejista. O principal objetivo é conter o avanço das grandes redes de supermercados, como a francesa Carrefour e o grupo Pão de Açúcar, que já estão investindo em cidades de pequeno e médio porte. “As grandes redes representam um perigo para o médio e pequeno varejista que, em face da concorrência desleal, passam a ter três opções: vender o estabelecimento, se modernizar ou fechar as portas”, comenta Ismael Carrijo. O gerente da Smart afirma que o principal atrativo para os filiados da rede é o acesso aos grandes fornecedores e à mídia, proporcionando condições mais favoráveis de concorrência no mercado. “Nossos filiados passam a ter acesso aos principais fornecedores regionais e nacionais, comprando com o mesmo preço das grandes redes e, conseqüentemente, em condições de vender a preços competitivos tanto quanto as mega-redes. A Smart ainda viabiliza a inserção dos associados na mídia e instala equipamentos de última tecnologia nas lojas a um custo irrisório”, diz Ismael Carrijo.  Aprimoramento As soluções financeiras e de modernização estão entre as principais ações da Rede Smart desenvolvidas com seus filiados. Os pequenos varejistas têm à sua disposição Tecnologia de Gestão e Operação de Loja (TEC Gol) e a Transferência Eletrônica de Fundos (TEF).Quanto ao quesito financeiro, a rede oferece modernização de loja, capital de giro, antecipação de recebíveis, entre outros. De acordo com Ismael Carrijo, investir no associativismo, contribuindo para que os pequenos varejistas se tornem bons empreendedores, é mais viável para a Rede Smart que investir em supermercados próprios. “Não é do nosso interesse ter loja própria, nossa proposta é trabalhar com a distribuição em forma de associativismo com os nossos filiados. A idéia é transformar um bom comerciante em um grande empresário, que saiba comprar e vender e, ao mesmo tempo, administrar perdas e ganhos”, salienta.         Como se filiar à Smart?O varejista que quiser se associar à Rede Smart tem de pagar uma mensalidade de R$ 1 mil mais impostos, o que totaliza R$ 1.126. A média por loja para se associar à rede é de R$ 20 mil. Conforme Ismael Carrijo, o principal ganho da rede é com as vendas. Contudo, ele salienta que “os filiados não são obrigados a comprar da rede, mas as compras que fizerem aumentam o volume de vendas, propiciando mais ganhos para o grupo Martins, que também passa a vender mais”, assegura. O faturamento anual da Rede Smart chega a R$ 4 bilhões. Ismael Carrijo afirma que a intenção da Rede Smart é atingir entre 40 e 50 lojas filiadas no Vale do Aço até o fim do ano. Segundo ele, o ganho dos varejistas é real já nos primeiros meses de associativismo. “Levantamento realizado pelo Sistema Martins revela que, aderindo à Smart, o varejista alcança aumento médio de 30% em suas vendas logo nos primeiros meses de adesão. Inclusive, há clientes que tinham uma loja e depois de se filiarem à rede conseguiram abrir mais um, dois e até três novos estabelecimentos”, diz.