28 de novembro, de 2007 | 00:00

Empregados no comércio recebem 11% de aumento

Wôlmer Ezequiel


José Maria diz que comissão mista vai avaliar reivindicações sociais
IPATINGA - A partir de agora, o piso salarial dos empregados no comércio Vale do Aço é de R$ 424. Foi o que ficou acertado entre o sindicato patronal e os sindicatos que representam os empregados do comércio na região, em uma negociação que vinha se arrastando desde agosto e teve desfecho na tarde de ontem, com a assinatura oficial do acordo. O valor é cerca de 11% a mais que os R$ 380 do antigo salário-base. Além do acordo salarial, ficou determinado que os empregados irão receber um abono salarial de R$ 160, dividido em duas parcelas. O acordo firmado em torno do salário-base ficou abaixo dos R$ 550  reivindicados pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci). Contudo, na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Vale do Aço (Sindcomércio), José Maria Facundes, a campanha salarial teve um desfecho positivo para os trabalhadores. “Eles pediram um piso de R$ 550 e nós conversamos com a nossa comissão interna, que determinou e autorizou R$ 425. E com muita dificuldade conseguimos fechar com os comerciários o valor de R$ 424, que passa a ser o salário-base da classe na região. É um avanço grande, visto que o piso salarial estava em R$ 380 no ano passado. Há ainda o abono de R$ 160, aprovado em duas parcelas, sendo que a primeira será paga em dezembro deste ano e a segunda no mesmo mês de 2008”, informou José Maria, que representa o sindicato patronal.InsatisfaçãoEmbora tenha aprovado o desfecho da campanha salarial deste ano, o presidente do Seci, Antônio Ademir, lamenta que as reivindicações relativas às cláusulas sociais não estejam sendo observadas pelo sindicato patronal. “Esperávamos mais em se tratando do salário-base. Entretanto, acreditamos que o aumento deste ano foi bom, comparado ao de outros anos. Porém, reivindicações mais urgentes como assistência médica e odontológica, direito a creche e vale-refeição, que dizem respeito às cláusulas sociais, foram ignoradas pelo sindicato patronal. Esperamos negociar essas cláusulas ainda este ano e, se necessário, estender as conversas até os primeiros meses de 2008”, afirmou Antônio Ademir. Segundo José Maria, parte das cláusulas sociais foi atendida, acrescentando que outras reivindicações, citadas por Antônio Ademir como urgentes, serão discutidas por uma comissão mista dos dois sindicatos.Bruno Jackson
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