15 de novembro, de 2007 | 00:00
Crescimento e reordenamento
Empresas apresentam programas de investimentos na Região Metropolitana
Wôlmer Ezequiel
José Rivelli defende rediscussão do espaço territorial da região metropolitana do Vale do Aço
IPATINGA - A constituição da Região Metropolitana do Vale do Aço, durante a conferência que aconteceu na segunda e terça-feira, suscitou uma grande reflexão por parte de autoridades e representantes de empresas que atuam na região. Mal saiu do papel, já com marcas de divergências políticas acentuadas pelos prefeitos de Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso contra o de Ipatinga, ainda assim há quem aposte em dias melhores, mas desde que haja pequenas adequações no funcionamento dos órgãos metropolitanos.Durante a mesa-redonda sobre projetos empresariais de desenvolvimento para a Região Metropolitana do Vale do Aço, representantes das empresas Usiminas, ArcelorMittal Timóteo (antiga Acesita) e Cenibra apresentaram diversos investimentos programados para os próximos anos. Os investimentos totais da Usiminas em Ipatinga irão atingir cerca de US$ 4,3 bilhões, conforme informações do diretor de Desenvolvimento da Usiminas e Usimec, Gabriel Márcio Janot Pacheco. Ele apresentou o plano de desenvolvimento da siderurgia para os próximos cinco anos, enfatizando que a Usiminas é o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina, com 52% de participação no mercado interno nacional.Anfilófio Sales Martins, representante do diretor-presidente da ArcelorMittal Timóteo falou sobre a recente criação da Fundação ArcelorMittal, em 2007, que pretende contribuir com o desenvolvimento sustentável das comunidades onde a empresa se encontra. Esse momento é de extrema importância para a união de esforços. Precisamos de sabedoria para conduzir esse processo”, argumentou.ReordenamentoPara o diretor-executivo do Instituto Cenibra, José Geraldo Rivelli Magalhães, mesmo antes de entrar em funcionamento, já há necessidade de se repensar o reordenamento territorial e de investimentos no Colar Metropolitano. O mapa da RMVA tem um defeito de nascença”, lembrou o representante da Cenibra. Algo tem que ser feito, é preciso uma rediscussão territorial. A Cenibra tem 10 mil hectares de terra em Bom Jesus do Galho e em Caratinga. Há um nó político que precisa ser resolvido”, sugeriu. Ele informou que estão sendo concluídos estudos com relação à expansão da empresa. Uma terceira linha deve duplicar nossa capacidade de produção de celulose branqueada de eucalipto”, adiantou.Rivelli entende ainda que a RMVA não pode de distanciar da realidade das comunidades mais pobres. Não faz sentido pensar na Região Metropolitana do Vale do Aço sem levar em conta as necessidades de moradores de São Cândido e Cordeiros, distritos de Caratinga, e Revés de Belém, pertencente a Bom Jesus do Galho, dentre outras comunidades. Politicamente, parecem distantes do Vale do Aço, mas fisicamente estão muito perto”, ressalta. Na avaliação de Rivelli, é sensato pensar no crescimento e desenvolvimento dessas regiões para que, principalmente os jovens, possam ter perspectiva de vida sem a necessidade de migrar para o Vale do Aço em busca de melhores condições de vida”, analisa.Ainda conforme José Rivelli, a consolidação da Associação Metropolitana do Vale do Aço (Amevale) é fundamental para o desenvolvimento da região, mas desde que haja um esforço conjunto entre poder público e privado. Quem gera impostos e empregos é a iniciativa privada. Então, não pode haver dissociação entre poder público e privado. É preciso trabalhar em parceria para a efetiva consolidação da RMVA”, enfatizou o diretor-executivo do Instituto Cenibra.
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