09 de novembro, de 2007 | 00:00

Crescimento comparativo de 25%

Lucro líquido do Sistema Usiminas atinge R$ 2,2 bilhões até setembro

Arquivo/DA


Para Rinaldo, demanda de aços planos reforça perspectivas positivas para 2008
IPATINGA - O Sistema Usiminas - maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina e líder no mercado nacional, no qual se destacam a Usiminas e sua principal controlada, a Cosipa - registrou lucro líquido de R$ 758 milhões no 3º trimestre de 2007, 6% superior ao montante apurado no mesmo período de 2006. No resultado acumulado até setembro, o lucro líquido atingiu R$ 2,2 bilhões, 25% acima do registrado nos nove primeiros meses do ano passado.O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,4 bilhão no 3º trimestre, 12% superior ao apurado no mesmo período de 2006, e atingiu R$ 3,8 bilhões no acumulado do ano, o que representa um crescimento de 19% em relação ao EBITDA apurado até setembro de 2006.Já a receita líquida totalizou R$ 3,6 bilhões neste 3º trimestre, com crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2006. Nos nove primeiros meses do ano, a receita totalizou R$ 10,3 bilhões, com crescimento de 13% se comparado ao mesmo período de 2006.Vendas aquecidasAs vendas físicas de 2,1 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2007 cresceram 6% com relação ao volume vendido no mesmo trimestre de 2006. Já no acumulado do ano, as vendas totais atingiram 6 milhões de toneladas, 1% superior em relação aos nove primeiros meses de 2006. Das vendas totais do 3º trimestre, 77% destinaram-se ao mercado interno e 23% ao mercado externo. No acumulado até setembro essa relação ficou em 75% / 25%. No ano mesmo período de 2006 essa relação era de 66%/34%.Portanto, o redirecionamento das vendas do mercado externo para o mercado interno continuou priorizado pela Companhia, a fim de acompanhar o aquecimento da demanda interna por aços planos, que até o 3º trimestre evoluiu 16%. Por isso, a representatividade das vendas para o mercado interno, onde se é possível ofertar aços mais nobres, foi superior  em relação ao verificado em 2006.No 3º trimestre de 2007 as vendas para o mercado interno atingiram 1,6 milhão de toneladas, 20% acima das vendas verificadas no mesmo trimestre de 2006. No acumulado até setembro, as vendas totalizaram  4,5 milhões de toneladas, 14% acima do volume registrado no mesmo período de 2006.Este aumento nas vendas internas ocorreu de forma mais expressiva na linha de Chapas Grossas (+58%), devido ao expressivo desempenho dos setores de tubos de grande diâmetro, naval, equipamentos industriais, rodoviários e construção civil. Na linha de galvanizados, vale destacar o comportamento das vendas para os segmentos automobilístico e de auto-peças, que cresceram 9% em relação aos primeiros nove meses de 2006.Market share: o Sistema Usiminas encerrou o período com participação de 52% do mercado nacional de aços planos.Com relação ao mercado externo, as vendas no 3º trimestre totalizaram 479 mil toneladas, 23% menores do que o volume comercializado no mesmo período de 2006. Estas variações são decorrentes do ajuste do plano de exportação da Usiminas para dar, conforme se ressaltou, prioridade ao atendimento dos clientes locais. No acumulado até setembro, os dez maiores destinos foram: Alemanha (22%), EUA (18%), México (11%), Argentina (10%), Espanha (8%), Tailândia (7%), Índia (6%), Chile (4%), Reino Unido (2%), Venezuela (2%). Outros países, 10%.Soares destaca mercado internoDe acordo com o diretor-presidente da Usiminas e da Cosipa, Rinaldo Campos Soares, o Sistema Usiminas chega ao fim do 3º trimestre de 2007 dando mostras do vigor de suas operações e resultados. “O maior volume de vendas destinado ao mercado interno, que se encontra aquecido, tem possibilitado à empresa ofertar produtos de maior valor agregado. Essa melhoria no mix associada aos melhores preços praticados no período e à redução das despesas financeiras estão entre os fatores preponderantes que explicam os bons resultados do Sistema Usiminas neste período”, argumenta.Ainda segundo o presidente, a trajetória da queda das taxas de juros, a expansão do crédito e o aumento do emprego e da renda interna têm formado um cenário positivo para a economia brasileira, em especial para o mercado de produtos siderúrgicos. “Esse contexto tem influenciado o desempenho positivo no mercado interno, tanto dos setores que produzem bens de capital, como dos setores que produzem bens de consumo duráveis. Nesse caso, vale destacar o comportamento das nossas vendas para o segmento automotivo, que até setembro cresceram 9%”.A julgar pelo bom desempenho da demanda de aços planos, que deverá apresentar até o final do ano um crescimento em torno de 15%, Soares considera que as perspectivas para 2008 continuam positivas. “A demanda deverá refletir o processo de expansão da economia brasileira”, conclui.O presidente ressalta ainda a importância de a Companhia ter sido a primeira siderúrgica das Américas e a terceira do mundo listada no renomado Índice Dow Jones Global de Sustentabilidade. “Isso reforça a solidez  do nosso planejamento estratégico, das políticas de governança, do relacionamento com clientes e fornecedores e  da atuação socioambiental. É sem dúvida um bom reconhecimento do vigor de nossas estratégias de geração de valor a longo prazo”, completa Soares.Produção estávelSegundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Siderurgia - IBS, a produção nacional de aço bruto atingiu, no 3º trimestre, 8,7 milhões de toneladas, totalizando 25 milhões durante o ano. A produção do Sistema Usiminas correspondeu a 26% do total.As usinas de Ipatinga e Cubatão continuam registrando recordes mensais de produção em suas linhas. No 3º trimestre a produção de aço bruto totalizou 2,2 milhões de toneladas, 1% acima do obtido no 2º trimestre. Ao final dos nove primeiros meses, a produção total de aço bruto alcançou 6,5 milhões de toneladas, também praticamente o mesmo volume registrado em igual período de 2007.Já a produção de laminados no 3º trimestre foi de 2,1 milhões de toneladas e totalizou 6,2 milhões de toneladas no acumulado até setembro, volume 2% superior ao mesmo período do ano passado.Investimentos em andamentoOs investimentos no imobilizado, concentrados na manutenção, atualização tecnológica e proteção ambiental das usinas de Ipatinga e Cubatão totalizaram no 3º trimestre o montante de R$ 344 milhões e, no acumulado até setembro, R$ 859 milhões, registrando crescimento de 271% quando comparado aos nove primeiros meses de 2006.Com a dívida líquida equacionada, o Sistema Usiminas consolida um patamar financeiro adequado para a realização dos investimentos previstos em seu Plano de Desenvolvimento - Visão 2015.Nos próximos anos, serão aplicados recursos da ordem de US$ 8,4 bilhões. Projetos focados na modernização e enobrecimento do mix de produtos das usinas de Ipatinga e Cubatão já estão em plena execução. As obras civis para construção da Coqueria 3 na Usina de Ipatinga, por exemplo,  devem começar em maio de 2008 para que, no 2º semestre de 2009, o equipamento entre em operação para produzir 750 mil toneladas de coque/ano.Também em Ipatinga, está prevista para o 2º trimestre de 2008 a implantação de uma nova Central Termelétrica, com capacidade para gerar 60MW e elevar a capacidade de geração própria da Usina para 53% do total demandado. Já em Cubatão, para citar outro exemplo, está previsto para o 1º trimestre a entrada em operação de uma nova máquina de lingotamento contínuo. A expectativa da Cosipa é aumentar gradualmente a produção de aço IF, destinado para o segmento automotivo e de linha branca, e alcançar a capacidade produtiva de 1,0 milhão de toneladas em 2009.O Plano de Desenvolvimento do Sistema Usiminas prevê ainda a ampliação da capacidade produtiva da Usina de Ipatinga em mais 2,2 milhões de toneladas até 2011, em um projeto que demandará a construção do maior alto-forno da América Latina, com 5 mil metros cúbicos de volume. O processo dessa expansão já está acelerado, inclusive com o lançamento de cartas-convite aos fornecedores de alguns dos equipamentos previstos.Por fim, o Sistema Usiminas prevê uma outra expansão de 3 milhões de t./ano que acontecerá até 2014, com produção voltada prioritariamente para oportunidades de laminação no exterior. A Cosipa, em Cubatão, é a primeira opção da Companhia para receber este investimento.
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