08 de novembro, de 2007 | 00:00

Projeto ainda sob licitação

Apesar do atraso, Gasmig mantém projeto do gasoduto do Vale do Aço

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Gasoduto Vale do Aço: novamente sem cronograma para chegada à região
IPATINGA - Apesar das dificuldades impostas pela Bolívia ao Brasil no fornecimento de gás natural, após a posse do presidente Evo Morales, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) mantém a previsão de expandir sua rede de distribuição ao Vale do Aço. A informação é da Assessoria de Imprensa da empresa subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).O gerente de captação de clientes da empresa, José Góis Júnior, durante passagem por Ipatinga explicou que, por força de contrato firmado com a Petrobras, 30% do gás distribuído pela Gasmig vem da Bolívia e o restante da Bacia de Campos (RJ). Em 2006, havia previsão de que, em dezembro de 2007, o gasoduto estaria com um terminal instalado no Vale do Aço. Mas o final do ano se aproxima e o ramal ainda está longe da região. O projeto Gasoduto Vale do Aço está dividido em dois lotes. O primeiro, com extensão aproximada de 150 km, fica entre as instalações da Gerdau Açominas, em Ouro Branco, e as da ArcelorMittal João Monlevade. O Lote B, com extensão de 128,4 km, vai ligar João Monlevade à fábrica da Cenibra, em Belo Oriente. Sem conclusão da licitação, nenhum dos dois lotes foi iniciado até agora. O investimento total para o projeto gira em torno de R$ 360 milhões. Nova previsão para chegada do gás naturalSegundo a assessoria da Gasmig, ainda está em andamento o processo de licitação para contratar as empresas que construirão o gasoduto. O prazo para apresentação das propostas foi encerrado ao final do expediente de ontem. A assessoria da Gasmig acrescenta que novo cronograma para a chegada do gasoduto a João Monlevade, Timóteo, Ipatinga e Belo Oriente, onde estão consumidores potenciais do gás natural, só poderá ser definido ao término da licitação. Para que as obras sejam iniciadas ainda será preciso assinar os contratos. A expectativa é de que os trabalhos comecem no primeiro semestre de 2008, com previsão de 20 meses para realização das obras. A previsão da Gasmig é que o consumo na região atinja 2,5 milhões de metros cúbicos anuais em 2013, o equivalente a cerca de 20% da oferta de gás da empresa na próxima década.Auto-suficiência com aumento da produção e importaçõesPara a diretoria da Gasmig, não há maiores preocupações diante do atual quadro de consumo de gás natural no Brasil, parcialmente dependente do gás boliviano. Segundo a empresa, a Petrobras investe na ampliação da produção nacional. “A partir do ano que vem, começa a chegar ao mercado o gás produzido nas bacias do Espírito Santo e de Santos. O fornecimento de gás pela Bolívia está de acordo com o volume contratado, e a Petrobras, juntamente com autoridades brasileiras, já negocia com o governo boliviano a retomada dos investimentos naquele país, para garantir ao Brasil um fornecimento superior ao volume de 30 milhões de metros cúbicos/dia contratados. Além disso, a Petrobras está importando, da África, gás natural liquefeito (GNL) para atender prioritariamente as termelétricas”, informa nota enviada pela assessoria da Gasmig. Ainda em relação à futura demanda de gás nas termelétricas, técnicos da Gasmig dizem que é preciso esclarecer que o problema ocorrido nos anos anteriores foi decorrente da necessidade de atendimento a essas usinas, acionadas em função da seca que reduziu a produção das hidrelétricas.Alex Ferreira
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