04 de novembro, de 2007 | 00:00

Portaria do IEF limita pesca

Período de reprodução impõe restrições à pesca nos rios e lagoas

IPATINGA - Os pescadores que quiserem evitar problemas com a fiscalização de meio ambiente precisam ficar atentos. As atividades de pesca em Minas Gerais estão limitadas desde quinta-feira, 1º de novembro, até 28 de fevereiro de 2008. As restrições constam de portaria publicada anualmente pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) no período da piracema, época em que os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem. A pesca de espécies nativas está proibida em todo o Estado. “Será permitida apenas a captura de espécies exóticas (de outros países), alóctones (de outras bacias brasileiras) e híbridas (produzidas em laboratório)”, explica o gerente de Gestão da Fauna Aquática e Pesca do IEF, Marcelo Coutinho Amarante.O pescador que portar, guardar ou transportar aparelhos e equipamentos de pesca não autorizados ou em quantidade superior à permitida pode ser multado e ter os equipamentos apreendidos. Todo pescador precisa de uma licença especial, emitida pelo IEF mediante pagamento de taxas. Com o período da piracema, deve ser intensificada a ação para coibir os abusos. A fiscalização da Polícia de Meio Ambiente já andava rigorosa, com a atuação de vários pescadores e caçadores, apanhados em situação irregular nos últimos dias. Segundo dados do IEF, Minas Gerais abriga 354 espécies de peixes, o que representa quase 12% do total encontrado no Brasil. No Leste do Estado, em especial nos rios Piracicaba, Santo Antônio, Caratinga, Manhuaçu e Doce, são consideradas espécies exóticas, de outros países, a tilápia, o bagre africano, a carpa comum, a carpa espelho, a carpa capim e a truta, entre ouros. São consideradas alóctones, de outras bacias brasileiras, o tucunaré, o tambaqui, cachara ou surubim, piranha vermelha e piranha preta. Entre as espécies nativas mais procuradas pelos pescadores, cuja pesca está rigorosamente proibida, está a traíra.