04 de novembro, de 2007 | 00:00
Lagoa da Prata vira atração
Banhistas preferem lazer gratuito a pagar clubes no feriado
IPABINHA - Para quem busca um lazer sadio e recheado de atrativos, as lagoas da região têm-se tornado uma boa opção, especialmente neste período de forte calor. Na sexta-feira, Dia de Finados, a Lagoa da Prata, localizada nas proximidades do povoado de Ipabinha, a 12 quilômetros de Ipatinga, recebeu milhares de pessoas. A Lagoa Preta, conhecida como Lagoa do Pau Podre, localizada a apenas 500 metros da pista do aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso, também ficou lotada no feriado. A oportunidade de desfrutar de lazer gratuito é o principal motivo que os banhistas alegam para procurarem estas lagoas, quando se sabe da existência de inúmeros clubes recreativos na região, notadamente em Ipatinga. É raridade eu ir a uma lagoa particular, dotada de maior estrutura. Na Lagoa da Prata, por exemplo, a gente fica mais à vontade para se divertir. É um lazer gratuito e o local é tão bonito como outros clubes grandes. Creio que as pessoas deveriam buscar mais esse tipo de lazer ao invés de pagar para entrar em clubes privados”, opina a estudante Leiriene Soares de Faria, 21 anos.A auxiliar de consultório dentário Adriana de Souza, 24 anos, que passou o feriado na Lagoa da Prata, acredita que muitas pessoas não sabem como chegar às lagoas públicas da região ou mesmo desconhecem a existência delas. Esta lagoa é muita boa. É um local bom para ficar o dia inteiro, pena que muitos não sabem como chegar aqui. Mas para quem está na lagoa é uma maravilha. É um local diferente pra gente se divertir”, comenta.LixoSem fiscalização, as lagoas públicas infelizmente ficam à mercê de pessoas sem consciência e que jogam todo tipo de lixo nas suas margens. Na Lagoa da Prata, garrafas PET depositadas indiscriminadamente em vários pontos da lagoa formam um cenário desolador. Lagoas públicas são ótimas, mas as pessoas têm que ter consciência para não sujá-las. É muito ruim ver que o lixo degrada ambientes que nos proporcionam um lazer tão bom”, lamenta o técnico em informática Raphael Rodrigues Ribeiro, 21 anos.Ausência de salva-vidas exige atenção redobradaComo a grande parte dos clubes na região, incluindo piscinas, lagoas e cachoeiras, não dispõe do serviço de salva-vidas, a atenção dos banhistas deve ser redobrada. É o que recomenda o sargento Gildo dos Santos, do Corpo de Bombeiros de Ipatinga. Especialmente nesta época de calor, ele afirma que é grande o número de ocorrências por afogamento.Recentemente, os corpos de dois irmãos foram encontramos na Lagoa do Pau Podre (próxima ao aeroporto da Usiminas). A temperatura elevada estimula as pessoas a se banharem em lagoas e rios, e o número de vítimas de afogamento cresce de maneira assustadora. A recomendação é para que as pessoas procurem clubes onde haja segurança, principalmente salva-vidas”, orienta o sargento.Ciente de que é grande o número de banhistas que procuram locais públicos, Gildo dos Santos recomenda alguns cuidados extras, especialmente com as crianças, que não têm a exata a noção do perigo e merecem atenção especial. Os pais têm que tomar cuidado. Às vezes eles ficam conversando ou bebendo com amigos e se esquecem dos filhos sozinhos na água. E quem faz uso abusivo de álcool, depois se alimenta e vai se banhar, corre o risco de sofrer uma congestão, se afogar ou ainda sofrer um mal súbito”, adverte. Bruno Jackson
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