30 de outubro, de 2007 | 00:00

Peixes agonizam na lagoa do Parque Ipanema

Calor é a causa mais provável de cerca de duzentos peixes mortos

Fotos: Bruno Jackson


Os peixes mortos no fim de semana terminaram de ser recolhidos na manhã passada
IPATINGA - Quem passou pelo Parque Ipanema neste fim de semana observou um visual incomum na lagoa. Calcula-se que duas centenas de peixes morreram e outros agonizavam na superfície, em busca de oxigênio. A princípio, populares atribuíam esse fenômeno a algum tipo de contaminação. Mas, ao que tudo indica, o forte calor que tem assolado a região nos últimos dias é a causa mais provável para a mortandade dos peixes, uma vez que a falta de circulação e a alta temperatura da água contribui para a baixa oxigenação. Na tentativa de minimizar o problema, ontem a administração municipal direcionou três caminhões-pipa para jogar água na lagoa com o intuito de resfriá-la e, principalmente, revolver o leito para promover a oxigenação. “Nestes últimos dias a temperatura tem sido bem alta. Devido à chuva que caiu na última quinta-feira, muita matéria orgânica afluiu para a lagoa. Os caminhões-pipa estão fazendo esta movimentação justamente para oxigenar a água e evitar nova mortandade. Esta é uma medida preventiva”, frisou Daniel Martins Júnior, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Ipatinga. Segundo o auxiliar de uma empreiteira que ajudou no revolvimento da água da lagoa do Parque Ipanema na manhã passada, mais de 200 peixes mortos foram retirados da água desde domingo. A segurança do Parque Ipanema ficou em alerta para evitar que populares pegassem os peixes e os levassem para casa. “Ainda não se sabe ao certo a causa da morte. Então, é melhor evitar que alguém, inadvertidamente, leve alguns para casa”, disse Daniel Júnior a uma mulher que disse ter visto quando várias pessoas tiveram esse comportamento. Ainda conforme Daniel Martins, o número de peixes da lagoa será reduzido. “Alguns peixes vivos que foram retirados daqui estão sendo levados para a lagoa do Cepai, no bairro Forquilha, com a intenção de diminuir a superpopulação de peixes da lagoa do Parque Ipanema”.

Caminhões-pipa revolveram a água da lagoa do Parque Ipanema na manhã de ontem
Análise de amostraTécnicos da Copasa também estiveram no Parque Ipanema recolhendo amostras da água para avaliação em laboratório e realizando a medição da temperatura e dos índices de oxigênio da água. Um dos técnicos, que não quis se identificar, alegando normas internas da empresa, confirmou que a Copasa está prestando uma assessoria técnica à Prefeitura de Ipatinga. “A amostra da água será analisada pelo laboratório da empresa, para identificar se houve algum tipo de contaminação na água”, resumiu. Segundo Daniel Júnior, funcionários da Prefeitura também começaram a andar com pedalinhos pela lagoa com a finalidade de aumentar a circulação da água. “Os pedalinhos que foram colocados no final de semana também têm o objetivo de revolver e oxigenar a água. O trabalho está sendo preventivo visto que já foram identificadas algumas mortes, mas para evitar que isso seja um número mais elevado, a medida preventiva que a gente faz é a oxigenação da água”, disse Daniel Júnior. ChafarizesConforme Daniel Martins Júnior, a administração municipal avalia a implantação de chafarizes na lagoa do Parque Ipanema, com o intuito de garantir a circulação constante da água e garantir a oxigenação. “Um projeto em fase de elaboração prevê a colocação de chafarizes no centro da lagoa que, além da questão estética e turística, servirá para causar a oxigenação da água. É uma idéia que surgiu neste final de semana, devido à necessidade, e a administração verá se há recurso no orçamento para a concretização dessa iniciativa o ainda este ano”, pontua o diretor. Lixo agrava problemaNão é apenas a alta temperatura que tem castigado a lagoa do Parque Ipanema. A falta de conscientização de algumas pessoas que visitam o local e jogam lixo na água também tem causado efeitos danosos. “A gente pede à população para não jogar lixo na água. Mas tem sido identificada uma quantidade muito grande de detritos no fundo da lagoa e isso também causa a redução do oxigênio”, afirma Daniel Martins Júnior, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Ipatinga. Bruno Jackson
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