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17 de outubro, de 2007 | 00:00

Palestras e oficinas na Semana da Alimentação

IPATINGA - O plenário da Câmara sediou ontem as atividades de abertura da Semana Municipal da Alimentação, realizada há três anos em Ipatinga. O evento teve início com a palestra de José Luiz de Paiva Freitas, engenheiro agrônomo da Emater e, paralelamente, oficinas sobre vigilância sanitária e alimentação alternativa aconteciam no Fórum, na Aciapi e no Senac. Até sexta-feira (19), outras palestras estão programadas para a 3ª Semana Municipal da Alimentação.O tema da palestra do engenheiro agrônomo da Emater foi “Agricultura Urbana e Hortas Comunitárias”, em que foi enfocada a importâncias da atividade para a sustentabilidade da população periférica das médias e grandes cidades. José Luiz Freitas explicou que a agricultura urbana em Ipatinga e na maioria das cidades do Vale do Aço ainda é uma atividade incipiente. A exemplo do que acontece na maioria das regiões do Brasil, o município ainda gasta muito com o transporte de alimentos produzidos em outras localidades. “Isto implica em gastos com transporte, eventuais desperdícios de alimento e, conseqüentemente, o encarecimento do produto, que chega à mesa do consumidor com custos mais altos. Poderíamos reverter esse contexto caso a agricultura urbana da cidade fosse mais avançada”, diz José Luiz, informando que em apenas alguns bairros de Ipatinga existe um fomento maior nesse sentido e cita o Bom Jardim, Forquilha e Limoeiro como exemplos mais avançados. “Existem iniciativas por parte das comunidades e por parte do governo, as hortas comunitárias que abastecem o Restaurante Popular são um exemplo. Mas Ipatinga ainda precisa avançar muito na agricultura urbana”, afirma.  Em sua palestra, Freitas explicou que a atividade ganha cada vez mais relevância em âmbito mundial e mencionou Cuba entre os países cuja produção pauta-se quase que exclusivamente na agricultura urbana. No caso do Brasil, país marcado pelos movimentos migratórios que incharam a população das cidades de trabalhadores que vieram do interior, a agricultura urbana seria uma atividade benéfica nos aspectos sócio-econômicos e ambientais, conforme explicou Freitas. “Hoje 3/4 da população vive em zona urbana, conforme pesquisas divulgadas recentemente. A agricultura urbana beneficia o meio-ambiente porque melhora o micro clima em torno, a infiltração da água é bem maior, reduz as enchentes, então é fundamental desenvolver essa atividade. Além de tudo é uma complementação de renda para as famílias envolvidas e também é uma prática terapêutica”, explica.
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