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17 de outubro, de 2007 | 00:00

Previsão de chuvas fortes

Arquivo/DA


Defesa Civil de Coronel Fabriciano em alerta já trabalha visando o período de verão na tentativa de minimizar os impactos
FABRICIANO - O período entre os meses de dezembro a abril, marcado por chuvas regulares e temporais, é considerado “complicado” para a Defesa Civil de todo o país. Uma situação que se agrava devido às carências em termos de infra-estrutura e falta de civilidade da população. A constatação é de Irnac Valadares, coordenador da Defesa Civil em Coronel Fabriciano. Ele já reforçou o serviço de monitoramento devido às chuvas, que devem ser antecipadas neste ano.“A temporada de estiagem em 2006 foi muito longa, o que leva os órgãos de defesa a começarem a se preocupar com as chuvas que já devem começar a cair no início de novembro. Existe a previsão de chuvas fortes, com granizo, e a população deve começar a tomar as medidas de segurança necessárias”, diz Irnac Valadares. Ele explica que a Defesa Civil de Fabriciano está informada a respeito das situações que merecem cuidados,  por se tratarem de questões naturais, mas volta a alertar sobre a importância da conscientização dos moradores.“Os órgãos de defesa dependem de uma intensa participação da sociedade. A orientação é que as pessoas que vivem nas partes altas e nas zonas ribeirinhas não esperem o pior acontecer. Se acontecer um pequeno deslizamento, o ribeirão começar a encher, que todos comecem a se deslocar, acionar a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, para que o socorro chegue o mais rápido possível e sejam poupadas vidas. É preciso resguardar a integridade”, ressalta Valadares.Segundo ele, os coordenadores de Defesa Civil das cidades do Leste Mineiro passaram por treinamentos destinados a uniformizar e ampliar o serviço. “Isso é para aumentar as condições de responder aos efeitos causados pelas intempéries na região, mesmo com as áreas de risco previamente preparadas através de monitoramento e vistoria. Estamos em permanente contato para tomar as providências cabíveis nas mais diferentes situações”, enfatiza o coordenador da Defesa Civil em Fabriciano.MunicípioIrnac Valadares lembra que Coronel Fabriciano, com uma topografia irregular, ostenta capacidade de drenagem insuficiente. “Cinco por cento da cidade é plana, 80% do território é montanhoso e 15% é ondulado. Juntando a isso uma ocupação irregular ao longo do tempo, cortes de barranco e erosões, fica mais difícil sanar os problemas”, explica.Em 2005, devido às fortes chuvas e às irregularidades do município, duas pessoas morreram no Santa Terezinha e outra no bairro Universitário.“O quadro em Fabriciano modificou bastante com todo o investimento em infra-estrutura feito pela atual administração. Mas não podemos esquecer que todo esse desequilíbrio que vivemos é em decorrência da ação do homem, que polui sem precedentes, utiliza irregularmente a rede pluvial e depois acaba colhendo os problemas em períodos de verão. Essas dificuldades acabam comprometendo o desempenho da Defesa Civil”, afirma o coordenador.Ainda há riscos de incêndios na regiãoZonas de risco com maior monitoramento, órgãos de defesa ambiental com preocupação redobrada e expectativa de uma conscientização da sociedade em relação aos riscos de incêndio nas cidades que compõem a Região Metropolitana do Vale do Aço. Esta foi a dinâmica do trabalho dos órgãos de defesa ambiental entre maio e setembro, período em que a baixa umidade atingiu o Estado e deixou o clima seco. “Este ano a temporada de estiagem foi maior que o previsto, o que deve antecipar o período de chuvas”, diz Irnac Valadares, coordenador da Defesa Civil em Fabriciano.Conforme o Instituto MG Tempo/Cemig/PUC Minas, o tempo seco em todo o Estado ultrapassou o nível de alerta determinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os próximos dias devem ser de pouca chuva e as temperaturas devem continuar elevadas. Ontem à tarde, os termômetros marcaram 35º em Ipatinga. A máxima prevista para hoje, em todo o Vale do Aço, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de 35º, com o céu parcialmente nublado. Existe a possibilidade de chuvas em áreas isoladas.QueimadasCom uma temperatura considerada elevada durante o período de maio a setembro, a incidência de incêndios aumentou em Minas Gerais. Foi registrado um número de queimadas 40% superior ao mesmo período do ano passado. Conforme explicações do Corpo de Bombeiros, muitas pessoas ainda utilizam o fogo para limpar terrenos, queimando principalmente colonião e a vegetação baixa.A prática é considerada crime, já que esse tipo de ação só deve ser feito por pessoal preparado e com autorização. Em áreas rurais, conforme os Bombeiros, é de responsabilidade de proprietários a construção de aceiros (faixas sem vegetação abertas para deter ou dificultar o avanço do fogo), além de outros cuidados básicos para evitar queimadas.Roberto Bertozi
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