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14 de outubro, de 2007 | 00:00

Recursos na produção rural

Linhas de crédito do Plano Safra beneficiam o Vale do Aço

Fotos: Wôlmer Ezequiel


O crédito rural vai contribuir para o aumento da produção e renda do solicitante
IPATINGA - A Empresa de Assistência Técnica e Rural (Emater) calcula que o Plano Safra 2007/2008 terá um número superior de adesões em relação ao ano anterior. A liberação dos créditos ocorreu no início de setembro, mas a procura deve se intensificar nos próximos meses, segundo o gerente da Emater em Ipatinga, Sebastião Braga. Para este ano, o governo federal disponibilizou R$ 12 bilhões para o financiamento de atividades da agricultura familiar em todo o Brasil. Serão R$ 2 bilhões a mais do que o previsto na safra 2006/2007 e cerca de 2,2 milhões de famílias acessando o crédito rural, que pode ser utilizado para a compra de máquinas e equipamentos, e até para aquisição de pequenas embarcações e outros equipamentos que contribuam para o aumento da produção e da renda do solicitante. Pelo programa, os agricultores têm a oportunidade de obter financiamentos das diversas linhas de crédito para custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além do crédito, o Plano Safra 2007/2008 disponibilizará outros mecanismos de apoio à produção e à comercialização, como assistência técnica, seguro climático e seguro de preços.Ampliação  Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, José Luiz de Paiva Freitas, no Vale do Aço existem atualmente três mil famílias beneficiadas pelo Plano Safra. Com o acréscimo de recursos concedidos pelo governo federal ao programa deste ano, José Luiz acredita que mais agricultores serão atraídos e, conseqüentemente, beneficiados pelo plano.A ampliação dos limites é outra novidade do Plano Safra. Para enfrentar o aumento dos custos de muitos insumos agrícolas, elevados em mais de 20% no último ano, será alterado o teto de financiamento de custeio dos grupos beneficiados pelo programa. O mínimo a ser liberado é R$ 3 mil, podendo chegar até a R$ 28 mil, dependendo da classificação em que o agricultor se enquadrar.A partir da safra 2007/2008, as famílias dos Grupos C, D ou E, cujo crédito varia entre R$ 4 mil ao teto máximo, poderão contar com recursos para investimentos destinados à implantação ou recuperação de tecnologias de energia renovável (como o uso da energia solar, eólica, biomassa, mini-usinas para biocombustíveis) e a substituição da tecnologia de combustível fóssil para renovável nos equipamentos e máquinas agrícolas, além de outras tecnologias ambientais.Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, este aumento de recursos também se justifica pela crescente importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do país. Ao todo, são aproximadamente 4,1 milhões de famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas e comunidades quilombolas e indígenas produzindo, gerando renda e respondendo por 77% das ocupações produtivas e empregos no campo. A agricultura familiar representa hoje 85% do total de estabelecimentos rurais.

Zé Luiz: juros mais baixos
Juros menores beneficiam famílias de baixa rendaConforme o engenheiro agrônomo da Emater, José Luiz Freitas, na safra 2006/2007 os juros das linhas de crédito do Pronaf ficaram entre 1% e 7,25% ao ano. “Na safra 2007/2008 os juros serão mais baixos, variando de 0,5% até 5,5% ao ano, o que irá beneficiar especialmente as famílias de mais baixa renda”, avaliou. Os agricultores interessados em obter os recursos para custeio de sua produção podem se dirigir aos sindicatos dos trabalhadores rurais e sindicatos rurais em seus municípios, para receber orientações sobre o acesso aos créditos do Pronaf. Nas agências bancárias e na Emater, também é possível obter informações para que seja efetivado um projeto com a estruturação adequada às necessidades do solicitante. A safra anual se inicia todo mês de julho e compreende 12 meses, ou seja, termina em julho de 2008. O primeiro passo para ter acesso ao programa é obter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), através da própria Emater ou de qualquer sindicato rural. O DAP é emitido gratuitamente e identifica a família como beneficiária do Pronaf. Já o enquadramento nos grupos é definido de acordo com a renda anual, tamanho da propriedade e do número de empregados permanentes. De posse do DAP, o agricultor precisa definir qual será a atividade produtiva a ser financiada e elaborar uma proposta de crédito para o banco. Em seguida, o solicitante deve encaminhar o projeto para o Banco Real ou Banco do Brasil, instituições responsáveis em aprovar a contratação do financiamento.
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