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10 de outubro, de 2007 | 00:00

Baixa umidade e desconforto

Para meteorologista, tempo seco e estiagem por mais uma semana

Arquivo/DA


Queimadas proliferam devido ao tempo seco e agravam a sensação de desconforto gerado pela baixa umidade do ar
IPATINGA - Minas Gerais vai enfrentar mais uma semana de calor e baixa umidade relativa do ar. No caso específico do Vale do Aço, o meteorologista da Cemig PUC Minas, Ruibran Januário dos Reis, explica que desde o mês de março há predominância de uma massa de ar seco, o que dificulta a chegada de frentes frias. “Desde maio não chove de forma consecutiva na região e, com isso, a população enfrenta essa queda na umidade relativa do ar com elevação de temperatura. No inverno, quando normalmente a temperatura é mais baixa, a região registrou temperaturas entre um e dois graus acima da média histórica no Vale do Aço”, explica.No entendimento do meteorologista, a temperatura mais alta no Leste do Estado, está intimamente ligada ao aquecimento global. “Quando se fala nesse tema, as pessoas precisam entender que são coisas bem práticas como variações no clima. Devemos ter invernos em alguns anos mais quentes e em outros anos, mais frios. E este ano ainda tivemos o fenômeno La Niña, que é o esfriamento da água do mar na costa superior do Equador. Isso também influenciou para que tivéssemos um inverno com esse tipo de característica”, explica Ruibran dos Reis.Feriado sem chuvaSegundo os estudos climáticos do Centro de Meteorologia do MGTempo, o Vale do Aço terá um feriado de 12 outubro sem chuvas. No entanto, Ruibran dos Reis explica que deve ocorrer aumento da nebulosidade no sábado e no domingo, porém sem a chuva esperada por muitos. “Mas não acredito que chova nesta parte do Leste do Estado. Chuva só deve ocorrer no próximo fim de semana no Vale do Mucuri e no Sul da Bahia. Chuva para o Vale do Aço só deve ocorrer a partir do meio da próxima semana em diante”, prevê. Ainda sobre a baixa umidade relativa do ar, o meteorologista afirma que, durante o período mais crítico, é comum a passagem de quatro a cinco frentes frias pelo estado, o que não ocorreu este ano e, com isso, não houve chuva para aliviar os rigores do clima.Ruibran dos Reis acrescenta que, no Vale do Aço, a umidade relativa do ar tem ficado em torno de 40%. “O normal para a região é um índice variando em torno de 45 a 50%. Então podemos concluir que, apesar de algumas pessoas se sentirem desconfortáveis, a situação não é tão alarmante assim”, afirma o meteorologista. Pelos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o clima é considerado crítico para a saúde humana quando a umidade do ar fica abaixo de 30%.Para muitas pessoas, o índice de 40% da umidade do ar causa desconforto porque, além do calor, o tempo seco traz as queimadas, outro problema que agrava a sensação de clima seco e ardência na garganta e narinas. Neste período as queimadas podem ser vistas nas encostas e nas beiras de estradas. O quadro só não é mais grave porque proprietários de algumas áreas providenciaram aceiros, que cercaram o fogo das queimadas criminosas de beira de estrada.  TempestadesO meteorologista Ruibran dos Reis afirma que, a exemplo do que ocorreu entre novembro e dezembro do ano passado, este fim de ano também pode ser marcado por temporais. As chuvas devem ser curtas, intensas e acompanhadas de fortes ventos. “Principalmente agora no fim de outubro e começo de novembro podem ocorrer temporais isolados”, assegura. Ainda segundo o meteorologista, essa previsão deve servir de alerta para que as comissões municipais de Defesa Civil adotem medidas preventivas para evitar transtornos. “Nós divulgamos com antecedência de 12 horas os alertas de temporais para os municípios. Os comunicados são enviados sempre para a Defesa Civil”, explica o coordenador do MGTempo.Alex Ferreira
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