04 de outubro, de 2007 | 00:00

Necessidade de mudanças ‘estruturais’

Moradores do Forquilha se articulam para buscar uma série de melhorias

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Irene Batista acredita que a Copasa vai trazer água tratada e de qualidade para o bairro
IPATINGA - Os moradores do bairro Forquilha, através de uma série de reuniões realizadas na comunidade, enumeraram ao presidente da associação, Márcio Vieira, diversos pontos que, segundo eles, precisam passar por reformulação. O primeiro é também o mais antigo. Depois de algumas reuniões entre a população e a Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em relação ao problema de distribuição de água, ainda não há nada definido. De acordo com a superintendência da empresa, a operação do sistema de abastecimento de água do bairro Forquilha é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Ipatinga, portanto não existe possibilidade de a Copasa começar a operar nas residências da comunidade.Mas, conforme familiares das ruas Piau e Pacumã, que vivem próximas ao campo de futebol comunitário, em reunião com a Copasa realizada no final de setembro ficou definido que a empresa de abastecimento começaria a operar nas residências. Um documento foi protocolado na empresa no dia 29 de setembro e os moradores esperam que seja tomada uma decisão. “É complicado conviver aqui no bairro com pessoas que não têm consciência de que é preciso cuidar de um bem escasso. Muita gente utiliza a água que desce do reservatório e chega até nossas casas para lavar carro, encher piscinas, lavar a calçada e encher poços artesianos, o que é um absurdo. Diversas reuniões foram feitas na tentativa de evitar que a água falte em algumas casas, mas mesmo assim muitas pessoas nem se preocupam com isso. A minha decisão para aceitar que a Copasa opere em minha residência é por causa disso. Além de não faltar mais água, espero que ela chegue limpa e tratada”, disse Aldinei Viana, morador da rua Piau.ImpossibilidadeEm contrapartida, o gerente regional da Copasa, Franklin Mendonça, explica que a empresa não tem como instalar o sistema de abastecimento apenas em alguns locais, já que as obras demandam gastos com projetos e não podem ser feitas por etapas. “Não temos como fazer um investimento para apenas 100 residências. A Copasa está à disposição para prestar os serviços desde que haja adesão da maior parte da comunidade e que seja suprimida a distribuição de água bruta hoje existente”, argumentou Mendonça. O sistema de distribuição a que o bairro está submetido não conta com o suporte da Copasa. Atualmente toda a água consumida no bairro vem de um reservatório que faz a captação diretamente da nascente do córrego Forquilha. Um sistema de canalização e distribuição leva a água até as caixas reservatórias na residência. Não se paga pelo serviço.Está em fase final no bairro Forquilha a construção da rede de esgoto em toda a extensão do bairro. Uma vez concluída a intervenção, a Copasa será responsável por toda a interceptação e esgotamento na localidade, o que leva a empresa a cobrar uma taxa de 60% do valor da tarifa de água. Como a companhia de saneamento não opera no bairro e os moradores não pagam nenhuma taxa, ainda não se chegou a uma conclusão do caso.TratamentoUma das questões que pesam favoravelmente à Copasa é o fato de a água não passar por sistema de filtração, cloração e tratamento, situação que prejudica o consumo de água pelos moradores e que pode fazê-los a aderir ao serviço da empresa. “É fácil fazer uma rede de filtração de água próximo ao reservatório, necessitamos apenas de boa vontade para que alguns problemas sejam sanados”, acredita Márcio Vieira, presidente da associação.Para Irene Batista, está na hora de a comunidade se unir em prol de uma água mais pura, tratada e que não falte nas residências, como, segundo a moradora, acontece habitualmente. “O desperdício é um problema grave no bairro, mas imagino que se continuar da forma que está vai ser ainda pior. Com a Copasa, espero que não falte água nas caixas e meus filhos tenham condições de beber um líquido com mais qualidade”, afirmou a moradora.

Márcio: “Fizemos nossa parte, protocolamos na Prefeitura e agora aguardamos que as medidas sejam tomadas”
Mais ônibus e segurançaUma outra reivindicação dos moradores do bairro Forquilha diz respeito à segurança no trânsito. Conforme o presidente da associação, Márcio Vieira, foi encaminhado um pedido à Prefeitura de Ipatinga para que o ponto final do transporte coletivo no bairro Vila Celeste seja estendido até o final da avenida Forquilha, próximo ao número 386.“Pedimos ainda o reforço na linha 506 nos horários de 6h40, saindo do bairro, e de 11h30, saindo do Centro. Além do mais, beneficiaria bastante a comunidade a criação da linha 507, passando pelos bairros Tirandentes e Canaãzinho”, explicou. De acordo com Vieira, as alterações são fundamentais para atender os trabalhadores que deixam as empresas após as 23h e a classe estudantil. “Na verdade melhoraria o atendimento a toda a comunidade, pois traria segurança e comodidade a todos que moram no Forquilha”, ponderou.Outro projeto pendente no bairro é a nova numeração de toda a avenida Forquilha. O projeto visa colocar ordem em um problema antigo de localização na região. Segundo o presidente, a rua começa com a residência de número 26, começa a crescer e de repente volta a diminuir até chegar ao número 20. “Isso vai facilitar o trabalho de carteiros e tele-entregas, por exemplo, que sempre têm dificuldade para localizar determinado endereço”, reivindicou Márcio Vieira.
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