30 de setembro, de 2007 | 00:00

R$ 12 milhões para tratar esgoto

Na 1ª Semana da Água, uma notícia importante para Santana do Paraíso

Wôlmer Ezequiel


Clécia Pereira: “O IEF trabalha para que a população cumpra o ordenamento jurídico do Estado”
SANTANA DO PARAÍSO - Em parceria com a Câmara, a Administração Municipal realizou a 1ª Semana da Água e a 3ª Conferência de Meio Ambiente. Os eventos aconteceram simultaneamente entre os dias 27 e 28, com distribuição e plantio de mudas em vários bairros da cidade e uma série de palestras na Cachoeira de Cima. Conforme Fernanda de Freitas Brites, engenheira sanitária e ambiental e organizadora da conferência, a 1ª Semana da Água elegeu os novos integrantes do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema) para o mandato 2007-2009. “O Codema, criado em 1995 em Santana do Paraíso, ficou desativado durante vários anos. Com a atual administração, o conselho foi reativado e está em vigor desde o início de 2005”, explicou. Durante a tarde de sexta-feira, 28, o gerente da Copasa no Vale do Aço, Franklin Otávio Coelho Mendonça, anunciou que o governo estadual publicou em julho o edital das obras do sistema de abastecimento e esgotamento sanitário no município. Conforme Mendonça, a Copasa está fazendo a análise técnica das propostas recebidas para definir qual empresa irá executar as obras, para as quais foram liberados R$ 12 milhões. Atualmente, o esgoto do município não é tratado. Segundo o prefeito Joaquim Correia de Melo (Kim), a Administração Municipal, em parceria com a Copasa, tem procurado desenvolver projetos e ações para levar água de qualidade a todos moradores, além de investir em obras e melhorias para coletar todo o esgoto doméstico e garantir o seu tratamento antes de devolvê-lo aos cursos d’água. Durante a sua palestra, o gerente da Copasa explicou que o abastecimento de água e o esgotamento sanitário no município passarão por mudanças importantes. “A Administração já está fazendo a implantação da rede pluvial, em parceria com a Copasa. Atualmente, a rede de abastecimento de água no Paraíso possui 46 mil metros de extensão. Com os novos investimentos, 25 mil metros serão substituídos e a rede ganhará mais 6 mil metros ao longo de sua extensão, com o intuito de fazer com que a água chegue limpa e tratada para toda a população”, informou Mendonça.A verba de R$ 12 milhões será destinada exclusivamente ao tratamento de esgoto, através da construção de 15 quilômetros de rede interceptora na margem dos córregos do município, que serão levados à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Ipatinga. A nova estrutura provavelmente será acrescida com a instalação de três ETEs na cidade, que ficariam localizadas no Centro, Cidade Nova e Ipaba do Paraíso.  O gerente da Vital Engenharia, Lélis Antônio Carlos, citou os benefícios que a empresa proporciona ao município, como a arrecadação de tributos que são revertidos para o orçamento inicial de ICMS. Lélis também informou que recentemente o município foi uma das cidades que recebeu o prêmio Saneamento mais de 100, concedido pelo governo estadual às regiões com melhor qualidade de serviços nesse setor. No decorrer do evento, técnicos de áreas ligadas ao meio ambiente palestraram sobre assuntos diversos, enfatizando a riqueza dos recursos hídricos disponíveis no município e como eles podem ser revertidos em prol da economia da cidade. De acordo com Valdir Ferreira Rezende, técnico da Emater, a piscicultura é uma atividade com boas potencialidades de ser explorada no Paraíso, rico em águas.PreservaçãoDurante a palestra de Clécia Pereira Hollanda Cavalcanti, a técnica do IEF falou sobre a importância das áreas de preservação permanentes em Santana do Paraíso, que são os mananciais de água e áreas de inclinação. “O município possui uma característica peculiar, já que está totalmente cercado por áreas de preservação permanente, e demos um enfoque sobre a Lei 14.309/2002, que regula a legislação ambiental do Estado”. Na avaliação de Clécia, essas áreas de fato merecem maior atenção. “Temos áreas extremamente protegidas e áreas extremamente antropizadas (que sofreram a intervenção do homem), o que é muito comum no Paraíso e no Vale do Aço. Nós precisamos colocar em prática o que a lei determina. Ou seja, evitar que continuemos a construir nas margens dos cursos d’água, protegendo e deixando que a vegetação ciliar ocupe esses espaços. O IEF tem trabalhado para que os produtores apliquem o previsto no ordenamento jurídico do Estado”, disse.
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