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28 de setembro, de 2007 | 00:00

Fotografia a serviço do social

Estudante de Jornalismo registra diferentes realidades pelo Brasil afora como ferramenta para inclusão e quebra de paradigmas

Fotos: Arquivo Pessoal


Retratar as diferenças, as desigualdades, e apresentá-las à sociedade
IPATINGA - O fotodocumentarista Fernando Cardoso Lara, estudante de Jornalismo e ativista ambiental, realiza um trabalho há mais de dois anos de preservação ecológica e cultural nos mais diferentes pontos do Brasil. Do Parque Estadual do Rio Doce, no Vale do Aço, passando por Prado, na Costa do Descobrimento, até chegar ao povoado de Cristalina da Cajuíta, distrito de Guaratinga, no extremo sul da Bahia, o fotógrafo está sempre atento para traduzir da maneira mais fiel possível os diversos recortes que consegue captar com a sua câmera.“Acredito que isso é uma tentativa de mostrar que o Brasil, apesar dos diversos programas de inclusão do governo federal, ainda tem graves problemas sociais e que estas diferenças não são conhecidas por grande parte da população. Verificar essas questões através do meu trabalho não é nada fácil, mas o lado prazeroso dessa atividade é um fator motivante”, sintetiza Fernando Lara.Para conciliar e dar projeção a esse trabalho social, associado à preservação ambiental, em companhia da geógrafa Janice Rodrigues Ferreira, fundou a FF Documentários Fotográficos, empresa que realiza atividades de mapeamento, fotodocumentação e prevenção ecológica em diversas áreas do Vale do Aço. “Não é uma exploração da imagem apenas por recursos estéticos, mas uma tentativa de mostrar às pessoas um universo a que elas não estão habituadas. Minhas fotografias representam não só as belezas de determinado local, mas os problemas que existem em algumas comunidades. Além do mais, denunciamos a exploração vegetal e animal quando ela existe”, revela o fotógrafo.

Conhecer as particularidades regionais é uma das ferramentas do fotógrafo para divulgar o trabalho
Contraste socialO mais recente trabalho do fotógrafo Fernando Cardoso Lara, em parceria com a geógrafa Janice Ferreira, foi uma visita ao simples e peculiar distrito de Cristalina da Cajuíta. A idéia surgiu após um convite do pároco Paulo Sérgio Lagana, que cobriu as férias do padre Geraldo Ildeo na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro Cariru. O sacerdote realiza um trabalho de assistência social em Cajuíta, e foi isso que despertou o interesse na fotodocumentação. “Utilizamos nosso trabalho com o propósito de melhorias na sociedade como um todo. A fotografia, para divulgar as diferenças, enquanto que os conhecimentos geográficos e ambientais para evitar impactos ambientais e futuros investimentos sustentáveis”, diz Fernando Lara.Segundo ele, mesmo diante de tanta pobreza e dificuldades sociais foi possível enxergar potencial para o ecoturismo e turismo de aventura. “Entramos em contato com os governos regionais, empreendedores, a fim de difundir essa idéia”, conta. Na conversa com a população local foi transmitida noções de esporte radical e as maneiras de explorar a região de forma sustentável. “Escalamos um pico e demos o nome de Gravatá. Identificamos algumas espécies vegetais e explicamos sobre trekking e exploração de cavernas. Tudo para que o local, com uma beleza natural imensa, possa ser explorado turisticamente”, ressalta. Junto com a FF Documentários, trabalhou a empresa Esporte no Vale Adventure.Roberto Bertozi
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