25 de setembro, de 2007 | 00:00

Revitalização aumenta segurança

Obras na MG-425, no trecho Timóteo-Cava Grande, entram na reta final

TIMÓTEO - Ano após ano, os buracos e as péssimas condições de tráfego da MG-425, que liga Timóteo a Cava Grande, distrito de Marliéria, sempre acarretam inúmeros prejuízos aos motoristas que trafegam no trecho, especialmente nos períodos de chuva. Quem circulou pela rodovia no início desta semana, entretanto, já pôde perceber mudanças bem diferentes das insuficientes operações tapa-buracos realizadas em outros anos. Desta vez, a MG-425 entrou no pacote de obras do Pro-MG Funcional, programa implantado em 2003 e que já recuperou cerca de 9 mil quilômetros de estradas. No Pro-MG Funcional, a empresa contratada, por meio de licitação, faz apenas a recuperação da rodovia. A conservação é realizada pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) de Minas Gerais com equipamentos e recursos humanos próprios ou por serviço terceirizado.Segundo o coordenador regional do DER/MG, Nívio Pinto de Lima, serão investidos R$ 400 mil na revitalização de 8,9 quilômetros da MG-425. As obras estão sendo realizadas pela empresa MA Engenharia. O investimento de R$ 400 mil está incluso no montante de R$ 58,4 milhões previstos para a recuperação de 365 quilômetros dentro do Pro-MG Funcional.As obras na MG-425 começaram no início do mês. A primeira fase, já concluída, consistiu em intervenções tapa-buracos e remendo profundo no asfalto. No último fim de semana, os funcionários da MA Engenharia concluíram a colocação de lama asfáltica ao longo da extensão da pista. De acordo com Nívio, dentro de 15 ou 20 dias, começa a fase final da obra, que consiste na sinalização e na caiação da estrada. Na última semana, quem trafegou pela MG-425 usou apenas um trecho da pista, em função da fixação da lama asfáltica, gerando longos engarrafamentos. Desde ontem, conforme Nívio, a pista foi completamente liberada. “Os funcionários que trabalham na revitalização da estrada trabalharam no sábado e no domingo para concluir esta fase da obra”, disse o coordenador regional do DER/MG. O motorista Mário Nilson da Silva, 36 anos, que reside em Coronel Fabriciano e trabalha em Baixa Verde, passa quase todos os dias pela rodovia. Segundo ele, a revitalização da MG-425 não é suficiente. “É uma obra muito boa, porque a estrada era muito ruim e cheia de buracos. Mas depois da MG-425 tem o antigo problema da MG-760 (que liga o Vale do Aço a São José do Goiabal), que nem asfalto tem”, criticou Mário, que faz coro com centenas de motoristas que clamam pela pavimentação da MG-760.Mais segurançaNa avaliação de Nívio Pinto de Lima, as obras na MG-425 irão melhorar sensivelmente as condições de tráfego da estrada. Ele garante, ainda, que pedestres e ciclistas ganharão um espaço mais seguro para circular. “A rodovia era da década de 80 e estava bem sofrida e precária. Na época de chuvas, sempre tínhamos que tapar inúmeros buracos. Agora, além de estar nova, a estrada vai proporcionar mais segurança aos seus usuários, já que ela será sinalizada. Além disso, vamos fazer uma limpeza ao lado de toda a pista e cair suas beiradas, visando proporcionar mais segurança aos pedestres e ciclistas, que trafegam pela MG-425 em grande número”, diz. Obras do ProAcesso já começaram em Joanésia, Mesquita e BraúnasDe acordo com o coordenador regional do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) de Minas Gerais, Nívio Pinto de Lima, o ProAcesso, programa do governo do Estado que visa promover a integração de municípios com baixo índice de desenvolvimento humano à malha rodoviária asfaltada do Estado, chegou às cidades de Joanésia, Mesquita e Braúnas. Hoje o acesso a estes municípios é feito por estradas de terra, o que dificulta o desenvolvimento social e econômico.A obra de ligação asfáltica consiste em duas fases: no trecho de 14 quilômetros entre Mesquita e Joanésia, com custo estimado em R$ 4,9 milhões, e no trecho de 26 quilômetros entre Joanésia e Braúnas, orçada em R$ 8,2 milhões. A soma dos dois investimentos chega a R$ 13,1 milhões. “As obras já começaram este mês e o término de ambas está previsto para agosto de 2008. É um investimento importante para o desenvolvimento de Braúnas, Joanésia e Mesquita”, afirma Nívio Pinto de Lima.