23 de setembro, de 2007 | 00:00

Maioria defende extermínio

Polêmica sobre pitbul em rádio do Rio cita caso ocorrido em Ipatinga


Pitbul: para alguns é fera, e para outros é “terapia”
IPATINGA - Entre a fala irritada dos radicais contra os cães e a voz ponderada daqueles que defendem o pitbul, a polêmica sobre os cães ferozes foi tema de debate recente na Rádio Globo do Rio de Janeiro. O apresentador do programa “Quintal da Globo”, Marcus Aurélio Oliveira, explicou no ar a ação do governo de Minas Gerais, que proibição da procuração da raça em Minas Gerais, a decisão dos proprietários de pitbuls em Ipatinga, de entregar os cães para extermínio e a decisão de se limitar as formas de manter em casa e conduzir os animais pelas ruas. O motivo da discussão foram justamente os acidentes com os cães de raças ferozes. Além disso, os proprietários estão obrigados a fazer cadastro no Corpo de Bombeiros Militares em Minas e em outros estados devem implantar dispositivos eletrônicos para identificação do proprietário e residência do animal.  Durante o debate na Rádio Globo, o ouvinte José Silva Alexandre Santos disse, por telefone que é a favor da extinção da raça. “Eu já presenciei um ataque de pitbul e posso afirmar que é uma coisa pavorosa. O cão é uma fera. O único lugar sensível no animal é a orelha. Se você conseguir acertar uma pancada no seu ouvido, pode ser que se livre de um ataque. Caso contrário, morre”.Outra ouvinte, que se identificou apenas como Sandra, do bairro Irajá, contou que tem em sua casa um cão da raça pitbul chamado Tyson, disse que o cão é considerado seu quarto filho. “Ele presta muito mais do que muita gente que eu conheço. Tenho o Tyson desde os 18 dias de vida e sempre foi amado. Ele gostava muito de lamber as orelhas da gente e, nos lembrando do Mike Tyson, que uma vez arrancou a orelha do adversário (Evander Hollyfield), colocamos esse nome. Não que ele tenha feito isso, apenas uma brincadeira”, conta a ouvinte.Sandra acrescenta que é preciso avaliar o outro lado da situação como, por exemplo, o uso de pitbuls nos centros de reabilitação de crianças portadoras de necessidades especiais. “Esse senhor falou antes de mim que os cães são monstros, mas entendo que monstros são essas pessoas que criam os pitbuls para as rinhas, deixa os animais sem comida. Aqui em casa o Tyson come 17 quilos de ração por mês, recebe muito amor e corresponde a isso de uma forma boa”, insistiu a ouvinte. Mas a informação que mais provocou divergência de opiniões no debate da rádio carioca, foi a decisão dos proprietários de entregar os animais para o sacrifício. “Imaginem o que acontece no centro de zoonozes, deve ser um clima de terror essa eliminação dos cães”, afirmou um ouvinte. No ataque, outro ouvinte disse que gostaria de saber se o defensor dos pitbuls continuaria a pensar dessa forma se algum familiar fosse morto em ataque de cão feroz. No fim do programa, a maioria dos participantes, 8 ouvintes, foram a favor da extinção da raça e outros 4 defenderam a criação, mesmo com limitações legais para os proprietários.Alex Ferreira
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