20 de setembro, de 2007 | 00:00

Sindipa acredita em acordo

Maioria dos metalúrgicos da Usiminas escolhe tabela quatro para turno

Alex Ferreira


Votos depositados por 2.657 trabalhadores foram apurados em meia hora
IPATINGA - Apuração do plebiscito entre os trabalhadores de turno da Usiminas para a escolha da tabela a ser adotada no turno de revezamento de oito horas - aprovado em outra consulta específica -, aponta que a maioria quer a tabela quatro, apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa). A apuração de ontem à noite na sede do sindicato contabilizou a participação de 2.657 trabalhadores. Deste total, 1.650 (62,10%) votaram pela tabela quatro. Outros 711 (26,75%) escolheram a tabela dois. A terceira mais votada, a tabela três, obteve 198 indicações (7,45%). A tabela um registrou 23 votos (0,83%), a tabela cinco 38 votos (1,40%). Já os votos brancos e nulos somaram 37 votos (1,50%). Os números da consulta serão levados para reunião hoje às 13h, no Escritório Central da Usiminas, e o resultado da reunião na empresa será colocado em Assembléia Geral às 19h de hoje. O presidente do Sindipa, Luiz Carlos de Miranda, acrescenta que é preciso acertar com a empresa, ainda, a indenização retroativa a primeiro de setembro pela não implantação da quinta turma, quando terminou o acordo coletivo do turno de 12 horas, recebimento de 30 minutos de almoço retroativo aos últimos cinco anos e o pagamento de horas extras a 100%. Segundo o sindicalista, atualmente as primeiras duas horas extras são pagas a 50% e a partir da segunda hora começa o pagamento a 100%. “Queremos igualar todas as horas extras a 100%”, explica. Como funcionaNa tabela que obteve 62,10% dos votos dos metalúrgicos na consulta encerrada nesta quarta-feira, Luiz Carlos de Miranda explica que os metalúrgicos de turno de revezamento vão trabalhar 36 horas e 17 minutos por semana. Somando as horas de almoço, serão 42 horas por semana. No modelo de tabela mais votado, o empregado vai trabalhar seis dias de 7h às 15h e folga 48 horas. Retorna depois de 15h às 23h, durante três dias, e nos outros três dias trabalha de 23h às 7h; folga 80 horas e retorna para trabalhar de 15h às 23h durante três dias e mais três dias de 23h às 7h, para então folgar outras 48 horas. “Queremos negociar com a empresa, mas se ela se recusar, vamos entrar com ação judicial em favor dos trabalhadores, para garantir o pagamento da hora de almoço trabalhada até agora e voltaremos a lutar pelo turno de seis horas”, concluiu Luiz Carlos.
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